A mobilização passiva com cicloergômetro e seus efeitos sobre a força muscular, tempo de ventilação mecânica e internação hospitalar em pacientes críticos
Resumo
Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é a dependência hospitalar destinada ao atendimento de pacientes críticos que necessitam de assistência ininterrupta. No entanto, os pacientes internados nesse setor ficam expostos aos efeitos deletérios do imobilismo, como a fraqueza muscular generalizada. Objetivo: analisar o efeito da mobilização precoce passiva com o cicloergômetro na força muscular periférica, no tempo de ventilação mecânica e internação hospitalar dos pacientes internados na UTI adulto do Hospital Universitário de Santa Maria. Metodologia: O estudo é um ensaio clínico randomizado. A amostra foi constituída por 38 pacientes alocados aleatoriamente em grupo controle (n= 16), que realizou fisioterapia convencional, e grupo intervenção (n=22) que foi submetido, adicionalmente, a um protocolo utilizando um cicloergômetro de membros inferiores. Os desfechos analisados foram a força muscular periférica, mensurada pela escala Medical Research Council e o tempo de ventilação mecânica e internação hospitalar, através da coleta de dados e análise dos prontuários. Resultados: O grupo intervenção apresentou um aumento da força muscular para abdução do ombro (p= 0,013), flexão do cotovelo (p=0,006), extensão do punho (p= 0,002), flexão do quadril (p= 0,005) e dorsiflexão do tornozelo (p=0,026), enquanto que o grupo controle obteve ganho apenas para força muscular da extensão do punho (p=0,020). A análise entre grupos para força muscular periférica, tempo de ventilação mecânica e internação hospitalar não obteve resultados estatisticamente significativos. Conclusão: O estudo terá continuidade afim de obter uma maior compreensão sobre a influência da mobilização precoce passiva com o cicloergômetro.
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