Mostrar registro simples

dc.creatorDantas, Rodrigo Nathan Romanus
dc.date.accessioned2019-01-07T10:45:14Z
dc.date.available2019-01-07T10:45:14Z
dc.date.issued2018-04-02
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufsm.br/handle/1/15218
dc.description.abstractIt is sought, in this research, the realization of an ethnography on pichação/graffiti in Santa Maria, a controversial and recurring theme in the local public debate. It is about understanding how visibilities/invisibilities of pichação/graffiti are constructed, the semantic struggles around the construction of the intelligibillity of the events about the pichação/graffiti in the city. As specific objectives we have: to trace the contours of regularities, the elements that give shape to the pichadores/graffiti artists as a group, their corporeities, reciprocities, values and motivations; to understand the logic of classification systems about the dichotomy between the terms “pichação” and “graffiti” in the local public debate; to understand conflicts and negotiations, intra and extra group, in these disputes of meanings around the pichação/graffiti in the city, carried out by the following social forces: pichadores/graffiti artists, State (public institutions), businesses/homeowners and newspapers/ intellectuals/ local artists; to reflect on the tensions and co-production of ethnographic gaze in the interaction between researcher and research interlocutors. In theoretical terms, this ethnography dialogues with authors as Clifford Geertz (1978), Néstor García Canclini (1997), Jacques Rancière (2005), Lévi-Strauss (2002), Eduardo Viveiros de Castro (2008), Gilberto Velho (1978) e José Magnani (2005). Methodologically, we use participant observation, close and prolonged interaction (2014 to 2017) between the pichadores/graffiti artists (24 individuals), which includes street interaction, cyberspace, and even housing sharing with one of them for six months. It was achieved, with this theoretical contribution and with the field work, glimpses of inversions, recombination, and semantic overflows of binary categories (legal/illegal, clean/dirty, right/wrong, light/shadow, beautiful/ugly, visible/invisible, downtown/periphery, etc.) of the universal act of classifying. With and against the pichadores/graffiti artists are the State (public institutions); the businesses/homeowners and the communicators/intellectuals/local artists. Each of these four social forces intends with the other, interacts in a logic of conflict and negotiation, has internal contradictions, two-way roads in these discordant encounters about the pichação/graffiti in the city. In and between each of these social forces there are different ways of constructing the intelligibillity of events, some based on certain dichotomies, in order to promote the criminalization of ilegal practice, while others build pichação/graffiti visibility/invisibility in the sense of problematizing the criminalization, to overflow, clutter and reorder binary classification systems, and/or promote the practice. From the point of view of the process of interpretation of these webs of meanings, of coproduction of the ethnographic, the pichação/graffiti ends up appearing as a sort of autobiographical narrative arc, an allegory demarcating inflections in the perception of the senses of living the city and in the life trajectory of the researcher himself.eng
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal de Santa Mariapor
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/*
dc.subjectPichação/graffitipor
dc.subjectCidadepor
dc.subjectLutas semânticaspor
dc.subjectVisibilidades/invisibilidadespor
dc.subjectEtnografiapor
dc.subjectCityeng
dc.subjectSemantic struggleseng
dc.subjectVisibilities/invisibilitieseng
dc.subjectEthnographyeng
dc.titleTraçados, cores e riscos: etnografia de uma cidade redesenhada pela pichação/graffitipor
dc.title.alternativeTraces, colors and scratches: ethnography of a city redesigned by pichação/graffitieng
dc.typeDissertaçãopor
dc.description.resumoBusca-se, nesta pesquisa, a realização de uma etnografia sobre pichação/graffiti em Santa Maria, tema controverso e recorrente no debate público local. Trata-se de compreender como são construídas as visibilidades/invisibilidades da pichação/graffiti, as lutas semânticas em torno da construção da inteligibilidade dos acontecimentos acerca da cidade pichada/grafitada. Como objetivos específicos temos: traçar os contornos das regularidades, dos elementos que dão forma aos pichadores/grafiteiros como grupo, suas corporeidades, reciprocidades, valores e motivações; compreender a lógica dos sistemas classificatórios acerca da dicotomia entre os termos pichação e graffiti no debate público local; entender os conflitos e negociações, intra e extra grupo, nessas disputas de sentidos em torno da cidade pichada/grafitada, protagonizadas pelas seguintes forças sociais: pichadores/grafiteiros, Estado (instituições públicas), empresas/proprietários de imóveis pichados/grafitados e jornais/intelectuais/artistas locais; refletir sobre as tensões e a coprodução do olhar etnográfico na interação entre pesquisador e interlocutores da pesquisa. Em termos teóricos, esta etnografia dialoga com autores como Clifford Geertz (1978), Néstor García Canclini (1997), Jacques Rancière (2005), Lévi-Strauss (2002), Eduardo Viveiros de Castro (2008), Gilberto Velho (1978) e José Magnani (2005). Metodologicamente, lança-se mão da observação participante, do convívio próximo e prolongado (de 2014 a 2017) entre os pichadores/grafiteiros (24 indivíduos), o que inclui interação nas ruas, no ciberespaço e, até mesmo, compartilhamento de moradia com um deles durante seis meses. Conseguiu-se, com esse aporte teórico e com o trabalho de campo, vislumbrar as inversões, as recombinações e os transbordamentos semânticos das categorias binárias (legal/ilegal, limpo/sujo, certo/errado, luz/sombra, belo/feio, visível/invisível, centro/periferia, etc.) do ato universal de classificar. Com e contra os pichadores/grafiteiros estão o Estado (instituições públicas); as empresas/proprietários de imóveis pichados/grafitados e os comunicadores/intelectuais/artistas locais. Cada uma dessas quatro forças sociais tenciona com as demais, interage em uma lógica de conflito e negociação, possui contradições internas, vias de mão dupla nesses encontros discordantes acerca da cidade pichada/grafitada. Em e entre cada uma dessas forças sociais há diferentes maneiras de construir a inteligibilidade dos acontecimentos, algumas com base em certas dicotomias, no sentido de fomentar a criminalização da prática ilegal, enquanto outras constroem a visibilidade/invisibilidade da pichação/graffiti no sentido de problematizar a criminalização, de transbordar, desordenar e reordenar os sistemas de classificação binários, e/ou promover a prática. Do ponto de vista do processo de interpretação dessas teias de significados, de coprodução do olhar etnográfico, a pichação/graffiti acaba aparecendo como uma espécie de arco narrativo autobiográfico, uma alegoria demarcadora de inflexões na percepção dos sentidos de viver a cidade e na trajetória de vida do próprio pesquisador.por
dc.contributor.advisor1Borges, Zulmira Newlands
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/0052584406459899por
dc.contributor.referee1Eckert, Cornelia
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7446126566413577por
dc.contributor.referee2Leitão, Debora Krischke
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/1094970087162112por
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/2152819680000110por
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentSociologiapor
dc.publisher.initialsUFSMpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Sociaispor
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIApor
dc.publisher.unidadeCentro de Ciências Sociais e Humanaspor


Arquivos deste item

Thumbnail
Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples

Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International
Exceto quando indicado o contrário, a licença deste item é descrito como Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International