Ácido salicílico em sementes de feijoeiro: qualidade fisiológica e tolerância de plântulas ao estresse por baixa temperatura
Fecha
2018-07-19Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O feijão comum quando semeado nos meses de agosto e setembro no Rio Grande do Sul está sujeito a danos e perdas pelo estresse de baixa temperatura, comum neste período. Assim, a germinação e emergência das sementes são prejudicadas e as plântulas apresentam redução do crescimento e desenvolvimento. Os danos provocados pelo estresse podem ser minimizados pela aplicação de hormônios vegetais. O ácido salicílico atua em diferentes processos fisiológicos nas plantas, além de atuar como sinalizador e indutor de tolerância a diversos estresses abióticos, como seca, temperaturas extremas, salinidade e contaminação por metais pesados. Dessa forma, a aplicação de ácido salicílico pode contribuir com a tolerância das plântulas de feijão ao estresse de baixa temperatura durante a germinação e desenvolvimento inicial da cultura. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi estudar a aplicação de diferentes concentrações de ácido salicílico e formas de aplicação do produto em sementes de feijão; bem como, o efeito do ácido salicílico na germinação e desenvolvimento inicial das plântulas submetidas ao estresse de baixa temperatura, avaliando-se a germinação das sementes, crescimento, acúmulo de massa, atividade de enzimas antioxidantes e a peroxidação lipídica das plântulas. No primeiro capítulo, as sementes de feijão das cultivares Fepagro 26 e SCS204 Predileto foram submetidas à germinação com a aplicação de diferentes concentrações de ácido salicílico, sendo: zero, 250, 500, 750, 1000, 3000 e 5000 μM. A embebição das sementes ocorreu de duas formas: [1] papel de germinação umedecido com as soluções de ácido salicílico; [2] embebição das sementes nas soluções de ácido salicílico em caixas plásticas por 24 horas e posterior semeadura em papel de germinação umedecido com água destilada. O material foi mantido em câmara de germinação sob fotoperíodo constante e temperatura de 25 ºC. No quinto dia após a semeadura determinou-se o número de plântulas normais (primeira contagem), comprimento, massa fresca e seca de plântula. A porcentagem de germinação foi avaliada aos nove dias após a semeadura. Concluiu-se que o ácido salicílico em concentrações até 1000 μM não prejudica a germinação de sementes de feijão das cultivares Fepagro 26 e SCS204 Predileto, utilizando-se a embebição das sementes por 24 horas e a embebição no papel de germinação. Concentrações de ácido salicílico até 1000 μM e embebição das sementes por 24 horas não afeta o vigor (primeira contagem) das duas cultivares de feijão. Nos experimentos do segundo capítulo objetivou-se estudar a tolerância induzida pelo ácido salicílico em sementes de feijão na germinação e no desenvolvimento inicial de plântulas sob estresse de baixa temperatura, avaliando-se parâmetros fisiológicos e bioquímicos das plântulas. O experimento desenvolvido para avaliar o desempenho fisiológico das sementes foi conduzido em um bifatorial 5 x 4, com concentrações de ácido salicílico (zero, 250, 500, 750 e 1000 μM) e regimes de temperaturas (25, 20, 15, 20-10 ºC), utilizando-se sementes das cultivares Fepagro 26 e SCS204 Predileto. Avaliou-se a porcentagem de plântulas normais do teste de germinação (primeira contagem) no quinto dia após a semeadura e a porcentagem de germinação no nono dia. No sétimo dia determinou-se o comprimento, a massa fresca e a massa seca de plântula após a secagem em estufa por 48 horas. Para o experimento bioquímico, utilizou-se apenas as sementes da cultivar Fepagro 26, conduzido em bifatorial 4 x 3 (zero, 250, 500 e 750 μM x 25, 15 e 20-10 ºC), avaliando-se aos sete dias após a semeadura a atividade das enzimas superóxido dismutase, guaicol peroxidase e a peroxidação lipídica das plântulas de feijão. Conclui-se que temperaturas de 15 ºC e 20-10 ºC prejudicam a germinação e o vigor das sementes de feijão, mas as cultivares Fepagro 26 e SCS204 Predileto apresentam comportamento distinto quanto ao estresse de baixa temperatura. O ácido salicílico exógeno induz a tolerância das plântulas de feijão ao estresse de baixa temperatura durante a germinação e o desenvolvimento inicial, promovendo maior germinação e vigor das sementes nas concentrações de 100 a 400 μM para a cultivar Fepagro 26, e nas concentrações entre 250 a 700 μM para a cultivar SCS204 Predileto. O ácido salicílico induz a ativação da enzima antioxidante guaiacol peroxidase na raiz primária de plântulas de feijão da cultivar Fepagro 26 sob baixa temperatura, mas não induz a ativação da enzima superóxido dismuatase e não reduz a peroxidação lipídica.
Colecciones
El ítem tiene asociados los siguientes ficheros de licencia: