Coleta de secreção traqueal: estudo comparativo de técnicas
Resumo
O objetivo desse estudo é comparar, por meio de análise microbiológica, duas técnicas de
coleta de secreção traqueal em pacientes entubados ou traqueostomizados. O estudo foi
desenvolvido de maio a junho de 2012, na UTI do HUSM da UFSM, constituindo-se de um
estudo experimental, quali-quantitativo, comparativo, randomizado. Foram realizadas duas
técnicas de coleta em cada paciente hipersecretivo, entubado ou traqueostomizado, que
necessitou de análise de secreção, sendo a ordem das mesmas aleatória. Na técnica 1 a
secreção foi aspirada até que sonda estava com uma quantidade suficiente de secreção, a
seguir a sonda de aspiração foi cortada, com tesoura estéril, em pequenas partes dentro do
frasco estéril. Já na técnica 2, quando a sonda estava com uma quantidade suficiente de
secreção, esta foi clampeada, desconectada do extensor de aspiração e conectada na
extremidade do fluxômetro de oxigênio. Na sequência a ponta da sonda foi colocada dentro
do frasco estéril de coleta enquanto o fluxômetro foi ligado a 15 l/min fazendo com que a
secreção presente no interior da sonda seja empurrada para dentro do pote. Os
microorganismos mais encontrados na UTI foram Pseudomonas aeruginosa (13,64%),
Acinetobacter baumanni (13,64%) e Candida spp (18,18%). A relação entre ambas as
técnicas é de igualdade (coeficiente Kappa), tanto para a coloração Gram como para
microorganismos. Conclusão: A análise microbiológica demonstrou que as técnicas de coleta
de secreção traqueal com a sonda cortada e com o fluxo de oxigênio são equivalentes. Logo
ambas podem ser utilizadas na rotina hospitalar.
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