Efeitos da estimulação elétrica funcional sobre o desempenho físico de pacientes em fase II e III da reabilitação cardíaca
Resumo
Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da estimulação elétrica
funcional (FES) sobre a força, resistência e trofismo muscular de membros inferiores,
aptidão cardiorrespiratória e qualidade de vida de pacientes em fase II e III da
reabilitação cardíaca (RC). Trata-se de um ensaio clínico randomizado, contando com
20 sujeitos submetidos anteriormente à Cirurgia de Revascularização do Miocárdio
e/ou Troca Valvar e alocados aleatoriamente para o grupo placebo (GP=10) ou grupo
tratamento (GFES=10). As avaliações realizadas antes e após a intervenção foram as
seguintes: Teste de Uma Repetição Máxima para força muscular; Teste de Sentar e
Levantar para resistência; perimetria das coxas para trofismo muscular; Teste de
Caminhada de Seis Minutos para aptidão cardiorrespiratória; e aplicação do
questionário SF-36 para avaliar qualidade de vida. Os pacientes foram submetidos à
aplicação da FES no quadríceps durante oito semanas, duas vezes/semana, com
duração de 40 min/sessão. O GP recebeu a FES de forma que a corrente elétrica
provocasse apenas a sensação de formigamento, já o GFES recebeu a FES de forma
que esta provocasse contração muscular visível, podendo ocorrer a extensão dos
joelhos e o acréscimo de sobrecarga de até 30% do teste de 1RM. Em relação aos
achados do estudo, a FES aumentou de forma significativa a força e a resistência
muscular em ambos os grupos, porém com maior incremento para o GFES. Houve
poucos acréscimos nos domínios do SF-36 com a utilização da FES. Diante disso,
conclui-se que a FES trata-se de um recurso valioso e pode contribuir para melhorar a
performance muscular de membros inferiores de pacientes em RC.
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