Estupro coletivo no Rio de Janeiro: a narrativa de um ciberacontecimento
Resumo
O jornalismo exercido em meios tradicionais de comunicação tem sofrido mudanças devido às redes sociais digitais. Essas redes sociais facilitam a interação entre os seus participantes e possibilitam uma nova forma de conversação. Além de ser um espaço de sociabilidade, as redes sociais digitais também são lugares profícuos para o surgimento de acontecimentos. Essa característica é chamada de ciberacontecimento. Diante deste contexto, o papel do jornalista – selecionar fatos e transformá-los em notícia – passa a ser tensionado pelos participantes destas redes, visto que as mesmas também incorporam dinâmicas da ordem do jornalismo. Com base nisso, este trabalho propõe analisar a cobertura jornalística do caso do estupro coletivo no Rio de Janeiro em maio de 2016. Trata-se de um caso que foi descoberto na rede social Twitter e que exemplifica o conceito de ciberacontecimento. A pesquisa também tem como objetivo analisar a pragmática da narrativa jornalística, metodologia de Luiz Gonzaga Motta (2010), e, através disso, busca responder como o G1 organizou sua cobertura sobre o caso do estupro coletivo no Rio desde o dia 25 de maio de 2016 até a conclusão do inquérito policial em 17 de junho de 2016.
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