Mostrar registro simples

dc.creatorDalosto, Marcelo Marchet
dc.date.accessioned2019-08-08T19:34:09Z
dc.date.available2019-08-08T19:34:09Z
dc.date.issued2016-01-29
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufsm.br/handle/1/17834
dc.description.abstractInterspecific aggression is a common ecological phenomenon, but is still very poorly understood. It is related to the obtention of resources, geographic distribution patterns and species replacement, in the case of biological invasions. A better understanding of this issue may contribute to different areas, such as ecology, evolution, biogeography and conservation biology. Decapod crustaceans are a good model group to study interspecific aggression: they respond well to laboratory conditions, and aggression is an important aspect of the ecology of many species. The goal of this thesis is to use decapods as models to investigate interspecific aggression in three different contexts: biological invasions, competitor naïveté and experimental designs. In the first chapter, we investigate the interaction of the native crayfish Parastacus brasiliensis with the invasive Procambarus clarkii, to better understand the consequences of a possible interaction of these species in nature, considering that the invasive species has not yet encountered the native. In experiments with size-matched animals, the invader won more interactions, was more aggressive, reached the resource first and kept possession of the resource for longer than the native species. Interspecific fights escalated faster than intraspecific fights. These results mean that P. clarkii is a serious threat to native species, especially considering that this invader reaches larger sizes and is more fecund than native species of similar niches. In the second chapter, we investigated the interspecific aggression between P. clarkii and three other invasive crayfish species: Orconectes limosus, Pacifastacus leniusculus and Astacus leptodactylus. These interactions were compared with P. clarkii intraspecific fights. All fights were repeated along three consecutive days. In intraspecific fights, the duration of the first bout, mean duration of bouts, total fighting time, number of bouts and highest aggressive level differed between days: they were higher in the first day in comparison to the second and third days. In contrast, in interspecific fights only the highest aggressive level differed, between the first and second days of the interactions with O. limosus. We also found differences between the experimental groups in the first day, regarding the latency and time to the highest aggression level, indicating that interactions with P. leniusculus tend to escalate faster than the others. In the species combinations we tested, there seems to be no dominance hyerarchies between species without previous co-existence, since aggressive levels did not decrease over time, suggesting that the inability to form stable dominance might be an important factor in biological invasions. In the third chapter we investigated aggressive interactions between the crayfish P. brasiliensis and a native competitor, the anomuran Aegla longirostri, aiming to test which criteria is the most parcimonious to outline laboratorial experiments between competitors with different morphologies. We observed fights of interspecific pairs with random-sized animals, for which we determined the size difference, weight difference and weapon strength difference. We used a series of models to test if these variables were able to predict the winning species, number of aggressive bouts, duration of the first bout, mean duration of bouts, total fighting time, latency period and time until the highest aggression. The strength difference was able to predict the winning species, with the probability of A. longirostri being the winner increasing as the difference in weapon strength decreased, meaning that this aeglid has an advantage when both animals are matched for strength. This also indicates that, between competitors with different body shapes, weapon strength may be the best predictor of success in aggressive interactions. The size difference was related to the time until the maximum aggression, and fights escalated faster as the size difference between contestants decreased. This could be due to the fact that large animals perceive themselves as potential winners of fights, even though such hypothesis should to be tested in the future. Overall, our results indicate that interspecific aggression is an important phenomenon to all investigated species, but this issue clearly requires an overall framework that unifies the scarce literature around this subject, to provide clear directions for future research on this topic.eng
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpor
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal de Santa Mariapor
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/*
dc.subjectCompetição por interferênciapor
dc.subjectEficiência de armamentopor
dc.subjectEspécies invasoraspor
dc.subjectIngenuidade de competidorpor
dc.subjectCompetitor naïvetéeng
dc.subjectInterference competitioneng
dc.subjectInvasive specieseng
dc.subjectWeapon performanceeng
dc.titleAgressão interespecífica em lagostins: invasões biológicas, dominância e exclusão competitiva (Crustacea: Astacidea)por
dc.title.alternativeInterspecific aggression in crayfish: biological invasions, dominance and competitive exclusion (Crustacea: Astacidea)eng
dc.typeTesepor
dc.description.resumoA agressão interespecífica é um fenômeno biológico de ocorrência muito comum, mas que ainda é muito pouco compreendida, estando relacionada com a obtenção de recursos, padrões de distribuição geográfica e substituição de espécies, no caso de invasões biológicas. Sua melhor compreensão pode contribuir para o aumento do conhecimento em diferentes áreas, tais como ecologia, evolução, biogeografia e biologia da conservação. Um bom grupo modelo para se estudar a agressão interespecífica são os crustáceos decápodos, pois estes respondem bem à condições laboratoriais, e a agressão é um aspecto importante da ecologia de muitas espécies. O objetivo desta tese é utilizar decápodos como modelos para investigar a agressão interespecífica em três contextos diferentes: invasões biológicas, ingenuidade de competidor e desenho experimental. No primeiro capítulo, investigamos a relação do lagostim nativo Parastacus brasiliensis com o invasor Procambarus clarkii, para compreender as possíveis consequências da interação entre esses lagostins, visto que a espécie invasora ainda não entrou em contato com o nativo. Experimentos relizados com animais de tamanho semelhante demonstraram que a espécie invasora vence mais interações, é mais agressiva, alcança o recurso mais rápido e mantém a posse do recurso disputado por mais tempo do que a espécie nativa. Confrontos interespecíficos também escalonaram mais rapidamente do que confrontos intraespecíficos. Esses resultados significam que P. clarkii representa uma ameaça séria para espécies nativas, especialmente considerando que este invasor atinge maiores tamanhos e é mais fecundo do que as espécies nativas de nicho semelhante. No segundo capítulo, investigamos a agressão interespecífica entre P. clarkii e outras três espécies de lagostins invasores: Orconectes limosus, Pacifastacus leniusculus e Astacus leptodactylus. Essas interações foram comparadas com interações intraespecíficas de P. clarkii. Todas as interações foram repetidas ao longo de três dias consecutivos. Os resultados demonstraram que a duração do primeiro embate, duração média dos embates, tempo total em confronto, número de embates e maior nível agressivo diferem entre os dias apenas para as interações intraespecíficas, sendo maiores no primeiro dia, em relação ao segundo e terceiro dias. Em contraste, nos grupos interespecíficos apenas o maior nível agressivo diferiu significativamente, entre o primeiro e o segundo dia dos confrontos com O. limosus. Também encontramos diferenças para a latência e tempo até o maior nível agressivo, no primeiro dia de interação, indicando que confrontos envolvendo P. leniusculus tendem a escalonar mais rápido do que os envolvendo outras combinações de espécies. Nas combinações de espécies testadas, não parece haver formação de hierarquias de dominância entre espécies sem histórico de co-existência prévia, já que os níveis agressivos não diminuíram ao longo do tempo, indicando que a não-formação de ordens estáveis de dominância pode ser um fator impotante em invasões biológicas. No terceiro e último capítulo, investigamos interações agressivas entre o lagostim P. brasiliensis e um competidor nativo, o anomuro Aegla longirostri, com o objetivo de testar qual o critério mais parcimonioso para se delinear experimentos entre competidores com morfologias marcadamente distintas. Foram realizados confrontos entre pares interespecíficos com indivíduos de tamanho aleatório, para os quais determinamos a diferença de tamanho, diferença de peso e diferença na força do armamento. Realizamos uma série de modelos para testar se essas variáveis eram capazes de prever a espécie vencedora, o número de embates agressivos, a duração do primeiro embate, a duração média dos embates, o tempo total em confronto, o período de latência e o tempo até o maior nível agressivo. A diferença de força foi capaz de prever a espécie vencedora, sendo que a probabilidade de A. longirostri vencer um confronto é maior à medida que a diferença de força entre os animais diminui, indicando que este eglídeo está em vantagem quando os animais são equivalentes em força. Isso também indica que entre competidores de formas distintas, a força do armamento talvez seja o melhor preditor de sucesso em interações agressivas. A diferença de tamanho estava relacionada com o tempo até o escalonamento máximo, e confrontos escalonaram mais rápido a medida que a diferença de tamanho aumentava, o que pode se dever ao fato de animais maiores se perceberem como potenciais ganhadores de confrontos, embora essa hipótese necessite ser testada no futuro. No geral, os resultados indicam que a agressão interespecífica é um fenômeno marcente nos casos investigados nesta tese, e que necessita claramente de um framework que unifique a esparsa literatura acerca do tema e forneça claras direções futuras para pesquisadores interessados no tema.por
dc.contributor.advisor1Santos, Sandro
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2397252405405950por
dc.contributor.referee1Oliveira, Guendalina Turcato
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1189036200852586por
dc.contributor.referee2Peixoto, Paulo Enrique Cardoso
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/3149228650359524por
dc.contributor.referee3Quadros, Aline Ferreira de
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/5121307710344743por
dc.contributor.referee4Santos, Marlise Ladvocat Bartholomei
dc.contributor.referee4LattesMarlise Ladvocat Bartholomeipor
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/9146486542962169por
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentBioquímicapor
dc.publisher.initialsUFSMpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Biodiversidade Animalpor
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOQUIMICApor
dc.publisher.unidadeCentro de Ciências Naturais e Exataspor


Arquivos deste item

Thumbnail
Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples

Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International
Exceto quando indicado o contrário, a licença deste item é descrito como Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International