Efeito do resveratrol e da vitamina E frente a prejuízos reprodutivos causados pelo uso de ácido valpróico em ratos machos
Resumo
O tratamento prolongado com ácido valpróico (VPA) tem sido relacionado com efeitos
adversos na função reprodutiva masculina mediada pelo aumento do estresse oxidativo
testicular. Neste sentido, este estudo avaliou o possível efeito protetor do resveratrol
(RSV, 10 mg/kg i.p.) e da vitamina E (50 mg/kg i.p.) na qualidade dos espermatozoides
e em parâmetros de estresse oxidativo no testículo e epidídimo de ratos Wistar tratados
com VPA (400 mg/kg, via oral) por 28 dias. O tratamento com VPA causou diminuição
da motilidade espermática, acompanhada de aumento no dano oxidativo e diminuição
da capacidade antioxidante no testículo e epidídimo. Tanto o RSV quanto a vitamina E
foram capazes de prevenir o dano oxidativo e restaurar a capacidade antioxidante dos
testículos e do epidídimo, prevenindo a perda de motilidade espermática induzida pelo
VPA. Estes dados sugerem que a administração de RSV ou vitamina E pode ser uma
estratégia terapêutica para preservar a motilidade dos espermatozoides e a função
testicular em pacientes que necessitam de tratamento em longo prazo com VPA. Além
disso, este estudo também avaliou o efeito do VPA (1 μM, 10 μM, 100 μM, 1 mM e 3
mM) em espermatócitos em paquíteno e espermátides arredondadas isolados. Nossos
resultados demonstraram que, in vitro, nas nossas condições experimentais, o
tratamento com VPA causou aumento do estresse oxidativo e hiperacetilação da
histona H4, sem provocar danos ao DNA em espermatócitos em paquíteno e
espermátides arredondadas.
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