Negócios na base da pirâmide: uma análise de empresas multinacionais brasileiras
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2017-10-06Metadatos
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As oportunidades de negócios no mercado da BOP levantadas por Prahalad (2005; 2010) e que chamou as empresas multinacionais para assumirem um papel em prover produtos e serviços às pessoas da base da pirâmide (BOP) instigaram o desenvolvimento desta pesquisa. A teoria de negócios na BOP mostra que é possível servir aos pobres e ainda auferir lucros (HART, 2010). Sob esta perspectiva, esta tese destinou-se a investigar e descrever os negócios de empresas multinacionais brasileiras em mercados da BOP, no contexto doméstico e internacional. Foi utilizada como população de empresas multinacionais brasileiras, àquelas listadas no Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2016, haja vista que seu capital e controle é majoritariamente brasileiro e desenvolvem atividades internacionais de manufatura, montagem e prestação de serviços, centros de pesquisa e desenvolvimento, agências bancárias, franquias, escritórios comerciais, depósitos e centrais de distribuição no exterior. Foram analisadas 49 empresas listadas. Metodologicamente, este estudo seguiu os preceitos de uma pesquisa multimétodos. Sua operacionalização utilizou-se, inicialmente, de levantamento bibliográfico desenvolvido para compreender o que é considerado um negócio na BOP – que foi caracterizado nesta pesquisa como a empresa que: lançou produtos destinados ao mercado da BOP; se localizar em comunidades BOP, sendo a geração de empregos uma intervenção nas condições ambientais; investiu em treinamento e educação para empresários localizados em comunidades BOP; ou, investiu em infraestrutura local para comunidades BOP. Neste levantamento, foi possível identificar duas capacidades das empresas, que podem induzir as organizações ao desenvolvimento de negócios na BOP: a responsabilidade social e a inovação. Assim, estas teorias não somente embasaram a pesquisa em campo, como foram teorias fundamentais para a tese. A segunda etapa do estudo, foi operacionalizada por meio da pesquisa em fontes de dados secundários, disponíveis em fontes online das empresas, construindo assim um banco de dados. Foi possível verificar que as empresas participantes não possuem negócios no mercado BOP como estratégia proeminente na estratégia global de negócios da empresa – e sim, há empresas mais engajadas no desenvolvimento de negócios na BOP, como o Banco Bradesco, Artecola, Vale, Natura, Klabin e o Banco do Brasil. Por fim, não foi possível estabelecer um grupo específico de empresas propensas ao investimento no mercado da BOP. O setor da empresa não se mostrou determinante na entrada no mercado da BOP, tampouco, empresas que possuem em sua filosofia de negócios a inovação e a responsabilidade social não se mostraram mais propensas ao desenvolvimento de negócios na BOP, da mesma forma, como o índice de internacionalização. Verificou-se, contudo, que empresas com histórico operacional mais antigo são mais propensas ao investimento, bem como, que empresas que se localizam em comunidades ou municípios da BOP ou que ofertam produtos para a BOP costumam investir no desenvolvimento de empresários locais da BOP.
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