Eficiência socioeconômica das cooperativas de crédito brasileiras
Resumo
As cooperativas de crédito são organizações com fins econômicos e sociais, com comprovada importância para a sociedade, portanto este estudo objetivou analisar a eficiência das cooperativas de crédito brasileiras, assim como seus principais determinantes, nos anos de 2016 e 2017. Destaca-se a relevância deste estudo para ampliar a literatura sobre eficiência socioeconômica, pouco discutida até o momento, bem como auxiliar as cooperativas de crédito na compreensão de seus níveis de eficiências e os fatores que podem defini-los. Para determinar o nível de eficiência das cooperativas de crédito utilizou-se de um método de análise envoltória de dados estocástica - SDEA, proposta por Simar e Wilson (2000), e para avaliar seus determinantes ambientais uma regressão quantílica, que se mostrou mais adequada aos dados. Os resultado revelam que eficiência social é atingida por mais de 10% das cooperativas de crédito, porém, verifica-se um distanciamento muito grande dessa eficiência por parte de algumas organizações. Ocorreu uma redução no nível de eficiência de 59% das cooperativas analisadas de 2016 para 2017. Ainda, os fatores ambientais associados positivamente com a eficiência social são a concentração urbana; tamanho, medida pelos ativos; adequação do capital; número de postos de serviço; poupança por membro e o efeito regional da região Sul. Enquanto de forma negativa pelo tamanho, em relação aos membros, e as incorporações. Já com relação a eficiência econômica, verificou-se que poucas cooperativas atingiram a eficiência, porém muitas estão próximas a ela. Também, constatou-se uma redução da eficiência econômica de 2016 para 2017, de 63% das cooperativas de crédito. Ainda, com relação aos fatores ambientais, afetam positivamente a eficiência econômica a concentração urbana; tamanho, com relação ao número de membros; adequação do capital, controle do efeito regional das regiões Sul, Sudeste, Centro-oeste e Nordeste; e as incorporações. E de forma negativa é o tamanho, medido pelos ativos, e o número de postos de serviço. Por fim, com relação a eficiência socioeconômica verificou-se que mais de 10% das cooperativas analisadas atingiram o nível total de eficiência. No entanto 69% das cooperativas analisadas reduziram sua eficiência, de 2016 para 2017. Ainda, quanto aos fatores ambientais que afetam a eficiência socioeconômica, de modo positivo foram: a concentração urbana; o tamanho, medido pelo número de membros; adequação do capital; poupança por membro; o controle do efeito regional das regiões Sul e Sudeste. E de modo negativo foram o tamanho, em relação ao ativo, e o número de postos de serviço.
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