O lugar na construção de mapas mentais no Parque da Redenção em Porto Alegre - RS
Resumo
O presente trabalho parte do interesse em compreender como os sujeitos que vivem o Parque da Redenção em Porto Alegre o percebem como lugar. O Parque da Redenção é um dos espaços verdes mais visitado e mais frequentado da capital gaúcha. Atrai diversos grupos sociais que desenvolvem convivências diferenciadas. Estes grupos sociais produzem relações de identidade entre seus integrantes e os vários ambientes do parque. A variabilidade de usos do espaço gera múltiplas apropriações e uma ilimitada relação dos sujeitos com sua totalidade de 37,5 hectares. A extensão de terra foi doada para a cidade em 1807. Hoje, o parque possui aproximadamente 10.000 árvores e é caracterizado pela existência de diferentes recantos exclusivos. Os frequentadores assíduos do Parque da Redenção normalmente criam vínculos com lugares específicos, enquanto que os visitantes eventuais utilizam os espaços esporadicamente em busca de paisagens e lazer. As pessoas que usam sempre os mesmos recintos, estabelecem forte vínculo, apego, afetividade e até sentimento de posse por esses espaços. Para investigar se e/ou como os sujeitos transformam o Parque da Redenção em lugar, este trabalho utilizou o método fenomenológico e o aporte teórico metodológico dos mapas mentais para analisar a percepção e a representação. Foram definidos três grupos para a aplicação dos mapas mentais: Militar, Poder Público e Geral, sendo esses interpretados através de três categorias de análise: Déficit de Natureza, Flaneur e Sociabilidade. Os resultados desse estudo demonstraram que a relação com a natureza e a sociabilidade são elementos que se destacam, concluindo que o Parque da Redenção pode ser considerado um lugar.
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