Influência do armazenamento à campo na propagação vegetativa de espécies reófitas

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Data
2019-02-27Primeiro coorientador
Bisognin, Dilson Antônio
Metadata
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A aplicação de técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas e Engenharia Natural depende das características das espécies vegetais a serem utilizadas nas intervenções, portanto, o conhecimento da vegetação é a base de informações necessárias para a aplicação de determinada técnica. Um dos importantes aspectos relacionados ao comportamento das plantas é a capacidade de multiplicação por meio da propagação vegetativa, principalmente quando a planta enraíza por estaca. A estaquia é uma das técnicas mais utilizadas em combinação com materiais inertes, destacando-se que, em obras de Engenharia Natural de grandes dimensões, a sua demanda pode influenciar o cronograma de execução, podendo ser necessário o armazenamento do material até que toda a coleta seja feita, para poder prosseguir para a etapa do plantio. O presente trabalho teve como objetivo investigar métodos de armazenamento de estacas vivas e técnicas eficazes ao utilizar espécies reófitas nativas, com potencial de propagação vegetativa conhecido, em conjunto com métodos que não utilizam refrigeração artificial, porém capazes de diminuir os efeitos degradadores causados pelo efeito do sol, vento e altas temperaturas. Utilizou-se as espécies Gymnanthes schottiana (Müll. Arg.) Müll. Arg., Phyllanthus sellowianus Müll. Arg., Salix humboldtiana Willd. e Sesbania virgata (Cav.) Pers. em delineamento inteiramente casualizado bifatorial (3x3) onde as estacas foram expostas a 3 tipos de armazenamento (parcialmente submersas em água, envolvidas em lona plástica preta e armazenadas à sombra), todos sob cobertura de sombrite com 50% de bloqueio de luz, por 3 períodos de armazenamento (30, 45 e 60 dias) previamente ao plantio, além de um tratamento controle (Testemunha) que consistiu no plantio das estacas no dia da coleta. Após o plantio em vasos plásticos individuais contento areia peneirada, as estacas foram conduzidas em casa de vegetação por 45 dias com irrigação, umidade relativa do ambiente, iluminação e temperatura controladas. Após o período de plantio, foram coletados os dados de sobrevivência (%), soma do comprimento de brotos (cm), massa seca de raízes (g), massa seca de brotos (g) e número de brotos. O principal fator a ser analisado foi o índice de sobrevivência das espécies em cada tratamento, onde definiu-se 70% como mínimo satisfatório, sendo alcançado em 6 tratamentos para P. sellowianus, 5 para G. schottiana, 4 para S. humboldtiana e em um para S. virgata, corroborando a manutenção da viabilidade de propagação vegetativa de estacas vivas após armazenamento em clima subtropical sem utilização de refrigeração artificial.
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