Os efeitos da terapia assistida por animais (TAA) mediada por cães como forma complementar na intervenção dos desvios fonológicos
Resumo
Esta pesquisa investigou e comparou os efeitos da TAA na comunicação de crianças com desvio fonológico. A partir dos critérios de seleção da amostra, foram incluídas neste estudo seis crianças diagnosticadas com desvio fonológico podendo ou não ter desvio fonético associado, sem outra comorbidade de fala ou linguagem associada. Os sujeitos tinham idades entre 4:0 e 7:11, não poderiam ter recebido terapia fonoaudiológica anteriormente, não deveriam apresentar fobia do cão, nem ter perda auditiva e não deveriam apresentar alteração neurológica, psicológica ou cognitivas evidentes. Foram selecionadas três crianças para realizar terapia baseada no Modelo Pares Mínimos – Oposições Máximas, com modificações propostas por Bagetti, Motta, Keske-Soares (2005) associada à TAA e três foram selecionadas para realizar terapia baseada no Modelo Pares Mínimos – Oposições Máximas, com modificações propostas por Bagetti, Motta, Keske-Soares (2005). Após 25 sessões de terapia ou a alta, os dados foram estudados e comparados para verificar os efeitos da TAA. Para a coleta dos dados foi realizada a análise dos resultados dos testes Avaliação Fonológica da Criança (YAVAS, HERNANDORENA, LAMPRECHT, 1991), Teste de Figuras para Discriminação Fonêmica (CARVALHO, 2005), Avaliação da Consciência do Próprio Desvio de Fala (MENESES, 1999) e Avaliação de Estratégias de Reconstrução e Seleção (FREITAS, 1997) nos períodos pré e pós terapia. Após a coleta dos dados, os mesmos foram avaliados e comparados por meio de análise quantitativa descritiva e foram confrontadas na literatura. Os resultados para o PCC-R, Consciência do Próprio Desvio de Fala e Teste de Figuras de Discriminação Fonêmica mostraram que a inserção da TAA também influencia na melhora da fala, já que os resultados para esse grupo foram positivos. No entanto, quando comparada ao grupo sem TAA não apresentou resultados sobressalientes. Sugere-se que sejam realizados estudos com mais participantes para que sejam comprovados os seus efeitos para a melhora da fala. Quanto às estratégias de seleção entre os grupos com e sem TAA, a maioria evitou os segmentos e estruturas ausentes em seu sistema fonológicos. Ambos os grupos realizaram as estratégias de reconstrução. Assim, de forma geral, indica-se que TAA não teve efeitos evidentes sobre as alterações de fala.
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