Risco de quedas e níveis de fragilidade em idosos que fazem uso de ansiolíticos e/ou antidepressivos
Resumo
Está pesquisa teve como objetivo estudar o risco de quedas e os níveis de fragilidades em idosos que fazem uso de ansiolíticos e/ou antidepressivos. Trata-se de um estudo transversal analítico, com comparação de grupos, da qual participaram idosos com idade igual ou superior a 60 anos, ambos os sexos, cadastrados nas doze Estratégias da Família da cidade de Ijuí no estado do Rio Grande do Sul, que participaram da pesquisa “Avaliação do uso de antidepressivo e/ou ansiolítico como fator de risco para fragilidade, declínio cognitivo e funcional de idosos”. Foram selecionados a partir do banco de dados da pesquisa dois grupos paritários: os idosos que faziam uso de antidepressivo e/ou ansiolítico, grupo “usuário” (n=107) e para cada idoso desse grupo, selecionou-se aleatoriamente um idoso que não fazia uso desses medicamentos “não usuário” (n=114). A partir dessa seleção foi realizada a coleta de dados por meio da aplicação no domicílio, com protocolo de pesquisa composto por questionário para a caracterização sociodemográfica, do uso de medicamento, e o instrumento para avaliação do equilíbrio e marcha (Teste de Poma Brasil). Já a fragilidade foi avaliada conforme os critérios propostos por Fried. Observou-se que as características sociodemográficas, segundo os níveis de fragilidade, proporcionou diferença estatística significativa entre os usuários de antidepressivos e/ou ansiolíticos frágeis e não frágeis para a faixa etária; e entre os não usuários de antidepressivos e/ou ansiolíticos frágeis e não frágeis para faixa etária e escolaridade. Esses dados sugerem que os idosos mais velhos usuários como não usuários de ansiolíticos e/ou antidepressivos estão em condição de fragilidade. Com relação às variáveis do teste Poma Brasil, observou-se que ao comparar idosos usuários e não usuários quanto à fragilidade como ao comparar os frágeis usuários e não usuários e os não frágeis usuários e não usuários os resultados mostraram melhor pontuação do teste para os não usuários e os nãos frágeis. Esses sugerem que o uso de antidepressivos e/ou ansiolíticos interfere no desempenho do equilíbrio do idoso e consequentemente aumenta o risco para quedas.
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