Imobilidade, fragilidade e sintomas depressivos em idosos no contexto hospitalar
Resumo
Este estudo objetivou determinar a prevalência e a relação entre imobilidade, fragilidade e sintomas depressivos em idosos hospitalizados. Tratou-se de um estudo transversal e analítico, realizado em um hospital, entre 2015 e 2016. Participaram do estudo pacientes a partir de 60 anos, de ambos os sexos, internados na emergência. A coleta de dados foi através de um formulário para dados sociodemográficos e uma avaliação clínico-funcional. Para dados da evolução hospitalar utilizou-se um formulário de registro de complicações, tempo de internação e óbito. Foram selecionados para análise o checklist dos desfechos hospitalares, escalas EFE e GDS4. Foram avaliados 533 idosos, onde predominou o sexo masculino, a faixa etária de 60 a 69 anos e as neoplasias como patologia de internação. Os dados foram analisados por meio de análise estatística descritiva. A associação deu-se pela análise univariada (Qui-Quadrado e Fisher) e a correlação através da análise multivariada de regressão logística. O perfil da imobilidade caracterizou-se por idosos com idade entre 60 e 69 anos (39,7%), mulheres (53,7%), internados por fraturas (26,2%), com tempo de internação superior a duas semanas (43,0%) e 32,2% foram a óbito. Na fragilidade mensurada pela EFE, 72,4% dos idosos com imobilidade hospitalar apresentaram algum grau de fragilidade. A GDS apresentou 56,3% dos idosos com indicadores de depressão. A imobilidade mostrou-se associada à idade, patologia de admissão, tempo de internação, fragilidade e óbito. Conclui-se que conhecer a prevalência das condições estudadas corrobora para aprimorar estratégias de cuidado e melhorias do atendimento prestado ao idoso no contexto hospitalar.
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