O processo de organização comunitária do bairro Mathias Velho - Canoas / RS (1975 - 1988)
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2019-08-30Metadatos
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A presente tese de doutorado visa identificar o processo de organização comunitária no bairro Mathias Velho na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, entre 1975 e 1988, oriundo da luta pela moradia, infraestrutura urbana e direitos sociais, a partir do envolvimento de diferentes sujeitos históricos como os novos moradores, antigos proprietários, e os poderes públicos, com seus diferentes interesses e aliados, dentro de um processo histórico social, político e religioso. Entre os aliados, junto aos novos moradores, podemos identificar as lideranças religiosas ligadas às Comunidades Eclesiais de Base e, entre os antigos proprietários, os poderes públicos como a prefeitura de Canoas e outros poderes públicos, ligados aos governos estaduais que, em determinados momentos, também atuam juntos aos novos moradores, para encaminhar suas demandas sociais. A fronteira, situada entre a zona urbana e rural, a partir de duas ocupações urbanas, a primeira intitulada Vila Santo Operário e a segunda, chamada de Vila União dos Operários, será analisada em sua organização social, na construção de um espaço possível para a moradia, levando em consideração o cotidiano, a memória de uma população de migrantes e os seus aspectos culturais em busca de trabalho e de renda em uma área devoluta. Os conflitos, oriundos na luta pela moradia, envolvem diferentes interesses e divergentes ações, para impulsionar a ocupação e a sedimentação do Movimento Comunitário ou reprimi-las. A metodologia empregada foi a análise historiográfica e sociológica bem como o uso de fontes, como depoimentos dos novos moradores, prefeitos e lideranças religiosas, além de arquivos pessoais, fotos, revistas e documentos escritos, produzidos pelos novos moradores, oriundos das ocupações urbanas. Essa pesquisa também procura elucidar uma conquista popular, com seus avanços e recuos dentro da História Social do tempo presente, em que o cotidiano desses novos moradores, com seus desafios e conquistas, tornam-se uma fonte de memória para os movimentos sociais comunitários no Rio Grande do Sul, tendo, como contexto histórico, a Ditadura Civil-Militar e a redemocratização do Brasil.
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