Serviço social e saúde mental: o trabalho do assistente social com famílias no campo da medicalização da vida
Resumo
Este trabalho surge das experiências no estágio curricular em serviço social realizado no Centro de Apoio Psicossocial - Álcool e outras Drogas (CAPS-AD). Essa é uma pesquisa qualitativa, exploratória de cunho teórico-bibliográfico. O objetivo da pesquisa é analisar as possibilidades de atuação profissional com famílias na saúde mental, em relação à medicalização. Nesse estudo é abordada a medicalização da vida e sua relação com as expressões da questão social, como se desenvolveu esse fenômeno ao longo do tempo. A indústria farmacêutica se estruturou a partir dos anos 1950 começou um processo de disseminação da mercadoria medicamento, em especial os psicofármacos, a banalização desses medicamentos e o uso abusivo são as principais materializações da medicação da vida na contemporaneidade. A família que atualmente tem centralidade nas políticas sociais é interpelada por esse fenômeno, junto com os processos de transformação que ela passou ao longo da história. O neoliberalismo impacta nas famílias e agudiza as expressões da questão social com o recrudescimento das políticas sociais. O trabalho do assistente social com famílias voltou ao centro do debate da profissão, por conta do processo de transformações na família e nas políticas sociais. A partir disso se explora as possibilidades de atuação profissional com as famílias a partir da aplicação do Guia de Gestão Autônoma da Medicação com familiares para discutir o uso de medicamentos e as possibilidades de emancipação e efetividade da cidadania.
Coleções
- TCC Serviço Social [191]
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