Por que tão bundinhas? Enquadramentos das campanhas "antidrogas" nas décadas de 1980, 1990, 2000 e 2010
Resumo
Observando a veiculação das campanhas antidrogas brasileiras, percebemos uma predominância até hoje do modelo estadunidense de tentar coibir as drogas. Considerando a responsabilidade midiática, realizamos uma pesquisa que pudesse dissertar sobre os sentidos ofertados nas campanhas antidrogas. Fazendo uso da perspectiva teórico-metodológica do enquadramento, analisamos as campanhas referentes às décadas de 1980, 1990, 2000 e 2010, com o intuito de indagar-nos sobre a qualidade comunicacional e o modelo de abordagem referente à temática. Conectando acontecimentos relevantes nas referidas décadas, procurando encontrar relações simbólicas entre o social, o cultural, a mídia e a política, observamos que a maioria das campanhas se preocupa em difundir a ideia da negação às drogas, mas nenhuma campanha se dedica a explicar as causas e as consequências da drogadição de maneira objetiva e não estereotipada.