Meu Corpo é Politico: representações da normatividade e da transgressão
Resumo
Evidenciando a participação transgênero no cinema brasileiro, busco explorar as representações dos corpos dos personagens que compõem o documentário Meu Corpo é Político (2017), investigando a forma como as subjetividades reiteram ou subvertem as noções de normatividade e transgressão dentro da representação de um padrão hegemônico de gênero. Para isso, delimito como metodologia, a própria análise deste documentário a partir das chaves da normatividade e transgressão, dentro do contexto discursivo e das regras que regem o gênero. Como problemática de pesquisa, questiono a forma como a existência desses corpos políticos que transitam entre a normatividade e a transgressão podem ser vistos como um manifesto de inteligibilidade e questionamento do gênero e das estruturas sociais. Propondo relações entre teóricos como Judith Butler, Richard Miskolci, Guacira Lopes Louro e Karla Bessa, fundamento esta pesquisa em estudos sobre gênero e performatividade, e ainda trago autores como Dieison Marconi, Fernão Ramos, Robert Stam e Ella Shohat, para amparar a análise fílmica em pesquisas e teorias sobre documentários e audiovisualidades. Encontro como principal resultado da presente análise a percepção das representações das identidades de gênero dos personagens como partes de uma reiteração da normatividade enquadrada em uma noção parodística de originalidade da cisnormatividade.
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