Resistência de biofilmes formados por micobactérias de crescimento rápido frente a antimicrobianos
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2018-03-28Metadatos
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As micobactérias de crescimento rápido (MCR) são agentes patogênicos oportunistas que causam doenças em uma variedade de configurações clínicas. A natureza ambiental das MCR e sua capacidade de desenvolver biofilmes em diferentes superfícies desempenham um papel fundamental na sua patogênese. Os biofilmes constituem um modo protegido de crescimento que permite que os microrganismos sobrevivam em ambientes hostis, sendo sua fisiologia e comportamento significativamente diferentes das suas contrapartes planctônicas. Os biofilmes representam um grave problema para a saúde pública devido ao aumento da resistência aos agentes antimicrobianos e ao potencial desses microrganismos de causarem infecções. Quando em biofilmes, as micobactérias são altamente resistentes aos tratamentos antibacterianos. As terapias baseadas em nanopartículas são abordagens viáveis para tratar infecções associadas a biofilmes devido às suas propriedades químicas e físicas, concedidas pela sua alta relação área superficial / volume.Tendo-se em vista a importância da compreensão de fatores causadores de falência de tratamentos das micobacterioses, como a formação de biofilmes,este trabalho tem como objetivo principal avaliar a resistência a antimicrobianos apresentada por biofilmes de MCR. Foram testados os antimicrobianos amicacina, ciprofloxacino, claritromicina, doxiciclina, imipenem e sulfametoxazol, normalmente empregados no tratamento de micobacterioses. Para cada fármaco, avaliou-se a suscetibilidade do microrganismo, a capacidade de inibição da formação de biofilmes e a resistência dos biofilmes a atuação antimicrobiana. Além disso, devido a claritromicina ser amplamente utilizada em esquemas terapêuticos contra infecções causadas por micobactérias, foram desenvolvidas nanocápsulas de claritromicina (NC-CLA) e suas propriedades antibiofilme avaliadas. Os resultados demostraram que, embora os antimicrobianos testados sejam empregados como alternativa terapêutica para MCR, Mycobacterium abscessus apresentou-se resistente à claritromicina e Mycobacterium massiliense exibiu perfil resistente à claritromicina e ao sulfametoxazol. Além disso, a inibição da formação de biofilmes e a destruição dos mesmos não foram totalmente alcançadas. A claritromicina nanoencapsulada apresentou maior capacidade de inibição da formação do biofilme e destruição da película microbiana do que a claritromicina livre, em todas as concentrações testadas e para as três cepas de MCR utilizadas no ensaio. Dessa forma, ações que otimizam a permeabilidade antimicrobiana na matriz exopolimérica figuram como importantes estratégias de prevenção na formação e combate aos biofilmes.
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