O efeito neuroprotetor do exercício físico em ratos submetidos ao modelo animal de fibromialgia induzido por reserpina
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2018-03-16Metadatos
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A fibromialgia (FM) é uma síndrome musculoesquelética caracterizada por dor primária crônica generalizada. Nesta patologia há uma disfunção no sistema inibitório da dor, ocorrendo redução de monoaminas, como a serotonina (5-HT), a qual é produzida por neurônios localizados nos núcleos da rafe, incluindo o núcleo magno da rafe (NMR), que envia projeções ao corno dorsal da medula espinal (CDME), onde ocorre a modulação da informação dolorosa ascendente. O tratamento farmacológico na FM não é eficaz, sendo o exercício físico indicado como intervenção não farmacológica, visando melhora na qualidade de vida dos pacientes que sofrem de fibromialgia. Contudo, não há estudos que demonstrem a relação neuroprotetora do exercício físico na FM ou métodos eficazes para a prevenção desta doença. Tendo em vista a importância da 5-HT e sua atividade no sistema nervoso central (SNC), o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da aplicação de reserpina quanto à sensibilidade mecânica, nociceptiva, atividade locomotora e imunorreatividade à 5-HT no NMR; bem como avaliar o efeito do exercício físico em esteira antes da aplicação de reserpina, durante 14 dias, em ratos Wistar machos. Para isso, os animais foram divididos em 3 grupos: controle (não-reserpinizados; C); Reserpinizados (R) e Treinados-Reserpinizados (TR). Ao término do protocolo de treinamento os animais foram reserpinizados e analisou-se a sensibilidade mecânica (teste dos filamentos de von Frey e teste de Randall-Selitto), a sensibilidade nociceptiva (teste do tail-flick), a atividade exploratória e locomotora (teste do campo aberto), a densidade ótica e o número de neurônios imunorreativos à 5-HT no NMR (marcados com anticorpo anti-5HT através da técnica de imunoistoquímica). Observamos que a aplicação de reserpina não alterou o peso corporal e o comportamento locomotor nos animais, mas alterou as sensibilidades mecânica, nociceptiva e o número de neurônios imunorreativos à 5-HT no NMR. Todas essas alterações foram prevenidas pelo exercício físico em esteira. Em conclusão, o treinamento físico antes da reserpinização previne alterações comportamentais e morfológicas causadas pela reserpina, mostrando o efeito neuroprotetor do exercício físico.
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