Avaliação da N-acetilcisteína sobre os parâmetros comportamentais e oxidativos frente à administração a longo prazo de aspartame
Fecha
2018-01-31Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O aspartame é um edulcorante sintético amplamente utilizado por indivíduos com dietas de
restrição de sacarose, glicose ou frutose ou por aqueles que buscam a perda de peso. Muitos
estudos têm indicado que seu uso está relacionado com alterações a nível do sistema nervoso
central, bem como com a indução de estresse oxidativo. No entanto, os mecanismos
responsáveis para tais efeitos não estão totalmente esclarecidos, bem como o potencial de
compostos antioxidantes, tais como a N-acetilcisteína, em amenizar esses danos. Assim, este
estudo avaliou os efeitos da N-acetilcisteína (NAC) (163 mg/kg, i.p.) sobre parâmetros
comportamentais e oxidativos frente a administração a longo prazo (90 dias) de aspartame (80
mg/kg, v.o.) em regiões cerebrais de camundongos. Para tanto, camundongos Swiss albinos
machos foram divididos em três grupos: controle – receberam ambos veículos, o do aspartame
e o da N-acetilcisteína; ASP – receberam o aspartame, e o veículo da N-acetilcisteína; e ASPNAC
– receberam ambos tratamentos, aspartame e N-acetilcisteína. O aspartame foi
administrado durante 90 dias, enquanto a NAC foi injetada apenas nos últimos 30 dias. Na
última semana do período experimental, os animais tiveram seu comportamento avaliado
através do teste de campo aberto. Ao fim dos 90 dias, os animais foram anestesiados e
eutanasiados para a remoção do encéfalo e separação das seguintes regiões: córtex cerebral,
hipocampo e cerebelo, nas quais foi realizada a pesquisa por biomarcadores de estresse
oxidativo e a expressão gênica da subunidade catalítica da glutamato cisteína ligase (Gclc), da
cistationina γ-liase (Cth) e da tiorredoxina 1 (Trx1). Os resultados obtidos demonstraram que
os camundongos tratados com aspartame e NAC apresentaram uma diminuição no número de
crossings e um aumento no tempo gasto na área central em relação aos animais do controle e
tratados somente com aspartame. Apesar de não ter alterado o sistema da tioredoxina, a
administração de aspartame causou uma severa depleção nos níveis de tiois não proteicos,
assim como na atividade da glutationa peroxidase. Ambas alterações foram restauradas pelo
tratamento com a NAC. O aspartame também desencadeou uma diminuição nos níveis de
mRNA da Gclc e da Cth e o tratamento com a NAC restaurou os níveis de Gclc. Conclui-se a
partir destes resultados que, apesar de não ter alterado o sistema da tiorredoxina, o tratamento
com aspartame causou uma severa depleção dos níveis de GSH, o que pode ser devido a
diminuição dos níveis de mRNA da Gclc e da Cth, demonstrando que o mecanismo de ação
da toxicidade do aspartame está mais relacionado ao sistema da GSH. Além disso, os
resultados sugerem um efeito ansiolítico da NAC em animais tratados com aspartame. A
NAC foi capaz de restaurar a maioria das alterações no sistema relacionado a GSH em
regiões cerebrais após a ingestão a longo prazo de aspartame.
Colecciones
El ítem tiene asociados los siguientes ficheros de licencia: