Efeitos da dieta contendo disseleneto de difenila sobre respostas comportamentais, bioquímicas e moleculares em um modelo de hiperglicemia em peixe-zebra
Ver/
Fecha
2018-08-06Primeiro membro da banca
Rico, Eduardo Pacheco
Segundo membro da banca
Soares, Félix Alexandre Antunes
Terceiro membro da banca
Franco, Jeferson Luis
Quarto membro da banca
Folmer, Vanderlei
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Estudos vêm demonstrando um número cada vez maior de complicações secundárias causadas pelo diabetes. Dentre elas, estão doenças neuropsiquiátricas como ansiedade e depressão. Além disso, sabe-se que o estresse oxidativo desempenha um papel chave nessa desordem metabólica. Dessa forma, compostos que possuem atividade antioxidante vêm sendo considerados como possíveis agentes terapêuticos em modelos de hiperglicemia. Nesse contexto, destacamos o disseleneto de difenila (DD), um organocalcogênio com diversas atividades farmacológicas, incluindo antioxidante e neuroprotetora. No presente trabalho, utilizando o peixe-zebra como organismo modelo, investigamos os efeitos de uma dieta contendo DD sobre parâmetros comportamentais, bioquímicos e moleculares em um modelo de hiperglicemia. Inicialmente, com o intuito de avaliar uma possível toxicidade do composto, os peixes foram suplementados durante 74 dias com ração contendo 3 diferentes concentrações do composto (1, 2 e 3 mg/Kg). Nenhuma das concentrações utilizadas afetou a taxa de sobrevivência bem como parâmetros locomotores e de comportamento tipo ansiedade (através do teste “claro-escuro” e “tanque novo”). Sendo assim, escolhemos a concentração de 3mg/Kg para ser usada no modelo de hiperglicemia. Os animais receberam a suplementação com disseleneto de difenila por 74 dias. Durante os últimos 14 dias, os animais foram concomitantemente expostos a uma solução de 111 mM de glicose. Após, foram realizadas medidas da glicemia, testes comportamentais bem como análises bioquímicas e moleculares usando o cérebro como tecido alvo. A glicemia dos animais expostos à glicose foi aumentada em torno de 3,5 vezes e a suplementação com DD reduziu parcialmente esse aumento. Através do teste do “claro-escuro” e do “tanque novo” foi possível observar um aumento no comportamento tipo ansiedade dos animais expostos à glicose. Esse comportamento não foi observado nos animais suplementados com DD. Afim de entender os possíveis mecanismos envolvidos no efeito hipoglicêmico bem como na neuroproteção causada pelo DD, ensaios bioquímicos e moleculares foram realizados no cérebro dos peixes. A exposição a glicose causou uma diminuição na expressão dos receptores de insulina (Insra1, Insra2, Insrb1, Insrb2), a qual foi normalizada aos níveis do controle pelo DD. Além disso, DD per se aumentou a expressão do tranportador de glicose 3 (GLUT3). Nos parâmetros de estresse oxidativo, observamos que a exposição à glicose causou aumento nos níveis de peroxidação lipídica (avaliada através da medida de substancias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS)) e oxidação de proteínas no tecido cerebral (avaliada através dos níveis de preoteínas carboniladas (CP) e alteração na atividade da enzima superóxido dismutase (SOD). Esses efeitos foram prevenidos pelo tratamento com DD. A suplementação aumentou per se a atividade das enzimas GPx e GST e os níveis de NPSH. Em paralelo, a suplementação com DD normalizou as alterações observadas nos níveis de expressão dos mRNA relativos ao fator de transcrição Nrf2 e a enzima GPx3A. Os resultados obtidos mostram a eficácia da dieta em melhorar alterações bioquímicas e comportamentais induzidas por hiperglicemia, indentificando e pontuando a participação da sinalização redox e da via da insulina nos mecanismos subjascentes ao efeito hipoglicemiante e neuroprotetor do DD.
El ítem tiene asociados los siguientes ficheros de licencia: