Influência da modulação monoaminérgica sobre comportamentos nociceptivos térmicos de Drosophila melanogaster
Fecha
2018-08-17Primeiro membro da banca
Rosemberg, Denis Broock
Segundo membro da banca
Puntel, Robson Luiz
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A Drosophila melanogaster é um organismo-modelo usado para estudar mecanismos moleculares e funções dos genes e proteínas envolvidas na nocicepção. A dor nociceptiva tem a função de detectar estímulos nocivos aos tecidos e, assim, protegê-los de potenciais danos. Os mecanismos moleculares que atuam na detecção e condução do sinal nociceptivo envolvem canais iônicos, como os receptores de potencial transitório (TRP), e os neurotransmissores. Nas D. melanogaster o TRPA1 é um receptor ativado pelo calor e participa na indução de comportamentos nociceptivos térmicos como a esquiva ao calor nocivo. As monoaminas estão envolvidas em processos fisiológicos e comportamentais, como a dopamina que auxilia no controle da atividade locomotora e sensibilidade térmica. No entanto, pouco se sabe sobre a participação da serotonina em respostas comportamentais ao calor. Dessa forma, nós investigamos se as monoaminas participam na comunicação neuronal da via nociceptiva para o processamento e resposta aos estímulos nociceptivos térmicos. Neste estudo, investigou-se o envolvimento da depleção de monoaminas e, seletivamente, da dopamina e serotonina, através da manipulação farmacológica, sobre os comportamentos de nocicepção térmica de D. melanogaster. Para isso, as moscas foram tratadas com reserpina (10 μM, 30 μM, 100 μM e 300 μM), 3-Iodo-L-Tirosina (5 mg/mL e 10 mg/mL) e p-clorofenilalanina (5 mg/mL e 10 mg/mL), em seguida, foram submetidas aos testes comportamentais. A reserpina reduziu o perfil de tolerância térmica, ou seja, a resistência ao calor da D. melanogaster, bem como o comportamento da esquiva ao calor nocivo. Apesar de possuir um déficit locomotor induzido pela reserpina, haviam moscas que foram capazes de executar o comportamento de esquiva Além da reserpina, o PCPA diminui a esquiva ao calor nocivo e a resistência ao calor à 41° C sem apresentar dano locomotor, sugerindo que a perda da habilidade de esquiva ao calor nocivo esteja relacionada com a diminuição da resistência ao calor em D. melanogaster por estes fármacos. Os dados do presente estudo sugerem que as monoaminas, particularmente a serotonina, estão associadas ao prejuízo na esquiva ao calor nocivo o qual pode estar relacionado à redução da resistência ao calor em D. melanogaster.
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