Aplicação de zeólita mesoporosa sintetizada utilizando quitina para a adsorção de corantes catiônicos
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Data
2018-06-26Primeiro coorientador
Jahn, Sérgio Luiz
Primeiro membro da banca
Collazzo, Gabriela Carvalho
Segundo membro da banca
Lima, Éder Cláudio
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As zeólitas, de um modo geral, são materiais microporosos, o que dificulta o transporte difusivo de certas moléculas. Então, para aumentar as possibilidades de aplicações deste material, estudos propõem a adição de agentes de mesoporosidade na síntese da zeólita. Com este intuito, este trabalho visa aplicar a zeólita ZSM-5 modificada pela adição de quitina (quitina/ZSM-5) na operação de adsorção de corantes catiônicos. A estratégia para condução dos estudos foi comparar a capacidade de adsorção de violeta cristal (VC) da quitina/ZSM-5 e ZSM-5, e uma vez que fosse constatada uma melhora da capacidade de adsorção pela presença dos mesoporos, se daria prosseguimento aos testes com os demais corantes: azul de metileno (AM) e fucsina básica (FB). Na síntese da zeólita foram empregados gel de síntese e gel precursor, e antes da etapa de calcinação foi adicionada quitina a qual fora completamente eliminada pela combustão. Para a caracterização se fez uso de microscopia eletrônica de varredura, do inglês, Scanning Electron Microscopy (SEM), espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier, do inglês, Fourier Transform Infrared Spectroscopy (FT–IR), adsorção e dessorção de nitrogênio (BET e BJH) e difração de raio X, do inglês, X-Ray Diffraction (XRD). Os ensaios de adsorção foram dirigidos por estudos de equilíbrio de adsorção, cinética, termodinâmica, tratamento de efluente têxtil simulado e regeneração e reuso do adsorvente. Os resultados da caracterização evidenciam que a zeólita quitina/ZSM-5 apresentou características mais adequadas para adsorção do que a zeólita ZSM-5 sintetizada por via hidrotérmica, pois: a estrutura tornou-se mais desorganizada (amorfa); o volume de poro total aumentou 25% e o diâmetro médio dos poros aumentou 11 vezes. Essas alterações na estrutura da zeólita fizeram com que a capacidade máxima de adsorção de VC aumentasse de 141,8 (ZSM-5) para 1217,3 mg g -1 (quitina / ZSM-5). Os resultados para comparação da adsorção de azul de metileno, fucsina básica e violeta cristal em quitina/ZSM-5 mostraram que a operação foi favorecida usando a dosagem adsorvente de 2,0 g L-1 e pH de 7,5, 8,0 e 9,0 para VC, AM e FB, respectivamente. O modelo de difusão intrapartícula foi adequado para representar o perfil cinético, proporcionando coeficientes de difusão intrapartícula de 6,36 × 10-14, 1,36 × 10-13 e 1,37 × 10-13 m² min-1 para VC, AM e FB. O equilíbrio foi descrito pelos modelos Sips (Azul de Metileno e Fucsina Básica) e Langmuir para Violeta cristal. A adsorção foi espontânea, favorável e endotérmica. As capacidades máximas de adsorção foram 1217,3, 548,2 e 237,5 mg g-1 para VC, AM e FB, respectivamente. O processo de regeneração proposto (calcinação a 600 ° C) foi eficiente; sendo que o adsorvente pode ser reutilizado quinze vezes mantendo a mesma capacidade de adsorção. A quitina/ZSM-5 foi eficiente para remover a cor de um efluente têxtil simulado. Em resumo, o adsorvente sintetizado usando quitina como agente de mesoporosidade é um material eficiente, econômico e capaz de adsorver corantes catiônicos.
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