Eficácia da espuma multicamadas de poliuretano com silicone comparada ao filme transparente de poliuretano na prevenção de lesão por pressão: ensaio clínico randomizado autocontrolado (Pressure Injury Prevention Trial – PIPT)
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2019-03-25Metadatos
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É relevante avaliar novas tecnologias na prevenção das lesões por pressão para fundamentar
uma práxis profissional baseada em evidências científicas. O objetivo desta pesquisa é avaliar
a eficácia do uso da espuma multicamadas de poliuretano com silicone (EMPS) comparada ao
filme transparente de poliuretano (FTP) na prevenção de LP em pacientes hospitalizados em
unidade de tratamento intensivo (UTI) com alto risco ou risco muito alto. Trata-se de um ensaio
clínico randomizado autocontrolado, desenvolvido em um hospital universitário do sul do
Brasil, de julho de 2017 a março de 2018. A amostra foi constituída por entradas sucessivas dos
pacientes que atenderam aos critérios de inclusão, a partir de visitas diárias a UTI para
recrutamento dos pacientes elegíveis, totalizando 92 pacientes e 184 sítios cutâneos. A
randomização foi realizada para os calcâneos: grupo intervenção (EMPS) e grupo controle
(FTP). Após a randomização e coleta dos dados iniciais (baseline) foi realizada a intervenção
de acordo com cada grupo. Os dados foram analisados pelo programa Statistical Package for
Social Sciences versão 21. Para avaliar o desfecho primário (desenvolvimento de LP), foi
calculada a incidência e o risco relativo. Para as variáveis do microclima da pele, foi realizado
teste de Wilcoxon. Para analisar as variáveis de desfecho entre os grupos com e sem
desenvolvimento de LP, realizou-se teste t de Student ou U de Mann-Whitney. Para verificar a
associação entre as variáveis independentes qualitativas e o desenvolvimento de LP, foi
realizado teste de Qui-Quadrado ou Exato de Fisher. A fim de analisar a correlação entre as
variáveis quantitativas, utilizou-se correlação de Spearman. Foi empregado um nível de
significância estatística de 5%. Os aspectos éticos foram observados conforme preceitos
estabelecidos na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional da Saúde. A incidência de LP foi
de 10,9%, com 8,7% no grupo intervenção e 13,0% no grupo controle. Não foi significante a
diferença na incidência entre os grupos (p=0,343). A temperatura e umidade da pele
(microclima) e a oleosidade dos calcâneos sofrem alterações em seus valores quando em uso
de coberturas para prevenção de lesões por pressão. A temperatura da pele dos calcâneos que
desenvolveram LP, bem como dos calcâneos em uso do FTP não apresentaram diferença
significativa entre baseline e end. Os fatores associados ao desenvolvimento de LP foram idade,
tempo de permanência no estudo, tempo de internação anterior à UTI, edema e eritema. O
estudo fornece evidências adicionais para apoiar o uso de EMPS na prevenção de LPs. O risco
relativo foi de 0,67, assim quem usa a EMPS tem 33% menos risco de desenvolver LP quando
comparado aos pacientes em uso do FTP.
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