Risco de ocorrência de excesso e déficit hídrico na soja em terras baixas
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Data
2019-02-21Primeiro membro da banca
Zanon, Alencar Junior
Segundo membro da banca
Nied, Astor Henrique
Terceiro membro da banca
Schöffel, Edgar Ricardo
Quarto membro da banca
Trentin, Roberto
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O objetivo desse trabalho foi determinar a duração do ciclo de desenvolvimento da soja em
função da data de semeadura e obter a probabilidade de ocorrência de excesso e déficit hídrico
em Planossolos das bacias hidrográficas dos rios Vacacaí e Piratini, na Metade Sul do Rio
Grande do Sul. O desenvolvimento da soja foi simulado considerando-se três conjuntos de
cultivares de grupo de maturidade relativa (GMR) entre 5.9–6.8, 6.9–7.3 e 7.4–8.0, em 11
datas de semeadura compreendidas entre 21 de setembro e 31 de dezembro. Foram utilizados
dados meteorológicos diários de 1971 a 2017 da estação agroclimatológica de Pelotas e de
1968 a 2017 da estação climatológica principal de Santa Maria. A partir do cálculo da
evapotranspiração e do balanço hídrico sequencial diário da cultura foram obtidos o excesso
hídrico (dias) e o déficit hídrico (mm). Os dados de duração dos subperíodos e do ciclo de
desenvolvimento da soja, déficit e excesso hídrico nos subperíodos e no ciclo para cada GMR
foram demonstrados através da análise exploratória BoxPlot e submetidos à análise de
variância e a comparação de médias através do teste de Scott-Knott, em nível de 5% de
probabilidade de erro. Os dados também foram submetidos à análise de distribuição de
probabilidades, em que foram testados os ajustes das funções densidade de probabilidade
exponencial, gama, lognormal, normal e weibull, utilizando os testes de aderência quiquadrado
e Kolmogorov-Smirnov, com nível de significância de 10%. A duração do ciclo de
desenvolvimento é maior em Pelotas do que em Santa Maria e é decrescente da primeira para
a última data de semeadura em ambos os locais. O risco climático de ocorrência de excesso
hídrico no ciclo da soja diminui ao longo do calendário de semeadura. No estabelecimento da
cultura da soja, não ocorre excesso hídrico em cerca de um a cada quatro anos, mas essa
frequência tende a reduzir a partir de meados de novembro. Para o período entre o início da
floração (R1) e início do enchimento de grãos (R5) a frequência média de ocorrência de
excesso hídrico é de dois a cada três anos. Há pouca diferença de risco de ocorrência de
excesso hídrico entra as datas de semeadura para o subperíodo R1-R5, porém há uma redução
a partir de 11 de novembro para o estabelecimento inicial da soja. O risco de déficit hídrico
diminui para o subperíodo R1-R5 e para o ciclo total da soja a partir do início de novembro. A
definição do momento de semeadura deve ser analisada especificamente para cada
propriedade, mas de maneira geral, considerando de forma conjunta o potencial produtivo e os
riscos históricos de ocorrência de excesso e déficit hídrico, o planejamento deve ser realizado
de forma que o início do processo de semeadura ocorra a partir de primeiro de novembro.
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