Penetração de cloretos em concretos compostos com cinza de casca de arroz de diferentes teores de carbono grafítico
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Data
2013-10-10Primeiro membro da banca
Isaia, Geraldo Cechella
Segundo membro da banca
Figueiredo, Ênio Pazini
Metadata
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As características de durabilidade devem ser parâmetros de concepção das
estruturas de concreto tanto quanto a sua resistência à compressão. O concreto
deve manter a integridade frente aos agentes que o danificam, além de atuar como
camada protetora a entrada de substâncias que venham a promover a corrosão das
armaduras em seu interior. O uso de adições minerais no concreto tem
proporcionado bons resultados frente a várias características, além de ser benéfico
ao meio ambiente, justamente por dar destino a um subproduto descartável de um
processo industrial. O presente estudo teve por objetivo avaliar a penetração de íons
cloretos em concretos compostos com cinza de casca de arroz clara e escura, com
diferentes teores de carbono grafítico e períodos de cura. Os concretos foram
moldados com CCA com teores de 5%, 10%, 20% e 30% em substituição ao
cimento Portland de alta resistência inicial (CPV – ARI), com diferentes relações
água/aglomerante (0,35; 0,50; 0,65) e com períodos de cura em câmara úmida de 3
e 7 dias. Duas misturas com 5% e 10% de sílica ativa em substituição ao cimento
Portland foram empregadas como parâmetro de comparação. A penetração de
cloretos, por imersão em solução salina, foi realizada em corpos de prova de
dimensões 100mm x 100mm x 285mm e avaliada nas idades de 7, 14, 28, 56 e 91
dias. Já o ensaio do Teste Rápido de Penetração de Cloretos seguiu as orientações
da norma ASTM C 1202/05 e foi realizado em corpos de prova de 100mm x 51mm,
que foram ensaiados aos 28 e 91 dias. Os resultados mostram, de maneira geral,
um melhor desempenho da cinza de casca de arroz clara em relação à escura,
frente à penetração de cloretos, apesar da proximidade dos resultados. O aumento
do teor de substituição, nos concretos com cinza de casca de arroz, provocou
decréscimos na carga total passante (Q), sendo estes mais expressivos em teores
de até 20% de substituição. A utilização das duas cinzas de casca de arroz e da
sílica ativa em substituição ao cimento apresentou um melhor desempenho frente à
penetração de íons cloretos para todos os teores de substituição, relações
água/aglomerante e períodos de cura analisados, quando comparadas à mistura de
referência. Dessa forma, confirma-se a eficiência da utilização de adições minerais
em propriedades de durabilidade do concreto.
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