Cotidiano e trabalho: experiências negras e escravas em Taquara (1856 – 1888)
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Data
2019-12-06Primeiro membro da banca
Moreira, Paulo Roberto Staudt
Segundo membro da banca
Brazil, Maria do Carmo
Terceiro membro da banca
Mourad, Leonice Aparecida de Fatima Alves Pereira
Quarto membro da banca
Comissoli, Adriano
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente tese inscrita na linha de Pesquisa Fronteira, Política e Sociedade, tem como tema “Cotidiano e Trabalho: Experiências Negras e Escravas em Taquara (1856-1888)”, a seguinte versa sobre a participação e presença do africano e afro-brasileiro na região do Vale do Rio dos Sinos – Paranhana, onde se localizava a antiga Fazenda Mundo Novo, cujo trabalho e exploração dos indivíduos escravizados teve grande importância para o desenvolvimento local e produção para um largo comércio que se estabeleceu a partir de agricultores, criadores de gado, comerciantes e atafoneiros, favorecendo o desenvolvimento econômico da região. A análise desse fenômeno econômico nos permitiu perceber aspectos adversos da sociedade que se desenvolveu. Também a tese apresenta a dinâmica da composição socioeconômica que verificou a invisibilidade da população negra na região, como a exclusão social e também sua trajetória como elemento de resistência, já que sua presença se manifesta na construção e contribuição da formação do atual município de Taquara - RS, tendo esses indivíduos uma parcela importante no trabalho e em diversos segmentos da sociedade da Fazenda Mundo Novo, perpetrando, cada vez mais, as possibilidades de uma sociedade miscigenada, mas ao mesmo tempo inferiorizada, dentro do contexto de colonização e formação social. Diante dos estudos que foram produzidos ao longo dos últimos anos, destaca-se a contribuição da população negra africana desde sua chegada ao Brasil. Assim, partindo dessa premissa, os afro-brasileiros tiveram a associação de valores culturais africanos presentes, que fazem parte da cultura nacional atual e sua consternação é clara em todos os sentidos. Para tais considerações analisamos um corpo documental de fonte primária composto de inventário post mortem, processo crime, livros eclesiásticos de batismo e casamento que viabilizou a importância da desconstrução da invisibilidade negra, na composição da sociedade do município de Taquara-RS, e junto com a colonização alemã, torna-se de suma importância para o reconhecimento das raízes africanas no Rio Grande do Sul para valorizar esses trabalhadores. Assim, a presença negra, a partir de 1856 até 1888, favoreceu o desenvolvimento desta tese, legitimando a presença africana e afro-brasileira nas terras da antiga Fazenda Mundo Novo.
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