Controle postural estático e dinâmico de mulheres com e sem incontinência urinária
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Data
2018-07-20Primeiro coorientador
Mota, Carlos Bolli
Primeiro membro da banca
Callegaro, Carine Cristina
Segundo membro da banca
Mazo, Giovana Zarpellon
Metadata
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O estudo propôs-se a comparar o controle postural (CP) estático e dinâmico de mulheres com e sem incontinência urinária (IU), para isto foi realizado um estudo transversal, onde foram avaliadas 24 mulheres com faixa etária entre 37 e 83 anos, divididas em 2 grupos: 12 com IU e 12 sem IU. Como critérios de elegibilidade, incluídas mulheres com idade acima de 37 anos, com capacidade cognitiva preservada, avaliadas por meio do Mini Exame do Estado Mental (MEEM), conforme sua escolaridade; e com independência funcional, avaliadas por meio do Índice de Katz. Todas ativas fisicamente avaliadas pelo International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Excluídas as mulheres com patologias neurológicas (auto-referidas), com déficit cognitivo menor que 24 pontos avaliadas pelo MEEM; com labirintopatias; uso órteses ou próteses em membros superiores ou inferiores; amputação de membros; cirurgia para o tratamento de IU; terapia para o tratamento da IU; e que estivessem em uso de terapia de reposição hormonal. O trabalho foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da UFSM, todas assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para a caracterização da amostra, foi utilizada uma ficha de registro composta por dados de identificação das participantes, elaborada pelos pesquisadores. Para caracterizar as perdas urinárias e definir os grupos das mulheres com e sem IU foi utilizado o International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF). Os dados referentes ao CP estático e dinâmico (agachamento) foram obtidos por meio da plataforma de força, e as variáveis elencadas foram a amplitude de deslocamento ântero-posterior do COP (COPap); amplitude de deslocamento médio-lateral do COP (COPml); velocidade média de deslocamento do COP (COPvel) e a área de elipse (AE). As análises estatísticas realizadas por meio do software SPSS 13 e a representação dos grupos através da estatística descritiva. Foi realizado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk e para a comparação entre os grupos para as variáveis paramétricas o Teste t de Student. A análise das variáveis não paramétricas foi realizada mediante o Teste U de Mann Whitney e para as variáveis categóricas o Teste de Qui-quadrado (CHI²). O nível de significância foi de 5% para todos os testes. O tamanho de efeito estabelecido foi o “d” de Cohen. Encontrou-se diferença entre os grupos no nível de escolaridade (p=0,021), as demais variáveis da caracterização da amostra não apresentaram diferença significativa. No CP estático não houve diferença estatística e no CP dinâmico verificou-se diferença entre os grupos na variável AE (p= 0,04), as demais variáveis não apresentaram diferença significativa. Buscou-se identificar o tamanho do efeito do achado, sendo o COPap - tamanho de efeito de 0,803; e AE - tamanho de efeito de 0,874, ambos considerados com grande efeito; nas demais variáveis o tamanho de efeito foi muito pequeno ou pequeno. Portanto, as mulheres com IU apresentam comprometimento do CP dinâmico, ou seja, apresentam pior CP. Sendo assim, a relação dos músculos do assoalho pélvico com o equilíbrio engloba as estruturas pélvicas e abdominais que são de suma importância para manter o CP. Apesar da variabilidade da idade, este fator não foi o que influenciou a ocorrência de IU.
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