Controle postural de crianças com paralisia cerebral na postura sentada durante diferentes tarefas na equoterapia
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Data
2018-08-10Primeiro membro da banca
Pagnussat, Aline de Souza
Segundo membro da banca
Carpes, Felipe Pivetta
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O controle postural pode ser definido como a habilidade do indivíduo de controlar a posição do corpo no espaço para fins de estabilidade e orientação. Essa complexa habilidade é comumente deficitária em crianças com paralisia cerebral (PC). No entanto, métodos de reabilitação podem produzir melhoras consideráveis nesta habilidade, entre as quais se destaca a Equoterapia. Durante uma sessão de Equoterapia os padrões repetitivos de movimento disponibilizados pelo cavalo são utilizados para fins de estimulação do controle postural e podem ser alterados por meio de modificações desta tarefa. Nesse contexto, a avaliação dos parâmetros dinâmicos do centro de pressão (COP) na superfície de contato entre cavaleiro e cavalo torna-se importante para elucidar as respostas de controle postural do cavaleiro. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi verificar se o controle postural de crianças com PC modifica-se quando variações nos tipos de pisos e na velocidade do andar do cavalo são realizadas nas sessões de Equoterapia. Oito crianças com diagnóstico de PC espástica bilateral (GPC) praticantes de Equoterapia e oito crianças com desenvolvimento típico (GDT) pareadas por idade e sexo participaram deste estudo. Todas as crianças foram avaliadas em situação estática de montaria e dinâmica durante o andar a cavalo com diferentes tarefas variando quanto ao piso de areia e asfalto e a velocidade lenta e rápida. As avaliações das crianças com PC ocorreram com uma semana de intervalo para evitar modulação do tônus e/ ou fadiga e a do GDT foi realizada em apenas um dia. A amplitude (ACOP) e velocidade de deslocamento do COP (VelCOP) nas direções anteroposterior e mediolateral foram determinadas através de um sistema de mensuração de pressão portátil posicionado sobre a sela. Foram avaliadas as quatro combinações possíveis entre pisos e velocidades. Os resultados indicam que o GPC e o GDT apresentam valores de ACOP e VelCOP maiores nas situações dinâmicas avaliadas do que na estática. Nas situações dinâmicas o GPC apresentou valores de ACOP e VelCOP maiores que o GDT. O tipo de piso em que o cavalo é conduzido produz alterações na ACOP na direção mediolateral das crianças e na velocidade rápida todos os parâmetros do COP mostraram-se mais elevados. As respostas do controle postural das crianças com PC durante a sessão de Equoterapia sofreram variações quanto a ACOP quando foi modificado o piso e na ACOP e VelCOP em consequência do aumento da velocidade do andar do cavalo. Os resultados reforçam a importância do aumento da velocidade do andar do cavalo como estratégia para maior demanda do controle postural de crianças com PC a ser utilizada nas sessões de Equoterapia.
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