Influência benéfica de diferentes tempos de exercício físico sobre a drogadição induzida por morfina em ratos: aspectos comportamentais e moleculares
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Data
2019-02-15Primeiro coorientador
Barcelos, Raquel Cristine
Primeiro membro da banca
Nogueira, Cristina Wayne
Segundo membro da banca
Rambo, Leonardo Magno
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Mostrar registro completoResumo
A morfina é um opioide de elevado emprego clínico, cujas propriedades analgésicas são
acompanhadas de euforia e bem estar, favorecendo assim a drogadição, o que configura um
sério problema de saúde pública. A drogadição por opioides tem impulsionado a busca por
novos tratamentos, porém, até agora, os utilizados clinicamente são apenas paliativos. O
exercício físico tem mostrado benefícios na adição. Porém a carência de dados na literatura
estimulou o desenvolvimento deste estudo, cujo objetivo foi avaliar possíveis adaptações
moleculares e comportamentais decorrentes de diferentes tempos de exercício físico em
animais expostos à morfina. Ratos Wistar foram subdivididos em sedentários, exercício de
curto, médio e longo prazo e submetidos ao protocolo de natação por 0, 14, 28 e 42 dias,
respectivamente. Na última semana de exercício, os animais foram submetidos ao paradigma
de preferência de lugar condicionado (PLC) por morfina (4 mg/Kg), seguida de análises
moleculares envolvendo o sistema dopaminérgico e receptor de glicocorticóide no nucleus
accumbens e hipocampo (CEUA 9373231116-UFSM). Nossos resultados apontam, que além
da menor preferência pela droga, grupos exercitados mostraram menor imunorreatividade do
transportador de dopamina (DAT), dos receptores dopaminérgicos tipo 1 e 2 (D1R e D2R) e
glicocorticóide (GR), em relação ao grupo sedentário. Nosso estudo demonstra que o
exercício físico, independentemente do tempo de atividade, modificou parâmetros
comportamentais de adição por morfina, possivelmente através de adaptações moleculares em
alvos relacionados ao sistema de recompensa. A partir deste estudo é possível propor o
exercício físico como uma abordagem terapêutica a ser estrategicamente incluída nos
tratamentos de drogadição por opioides.
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