Configuração audiométrica descendente: análise de diferentes médias tonais, desvantagem auditiva, reconhecimento de fala e efeito da privação sensorial
Resumo
Objetivo: Verificar a diferença entre médias tonais em dois grupos de sujeitos com configuração audiométrica descendente, e analisar qual delas representa melhor o grau de desvantagem auditiva. Ainda, estudar o Índice Percentual de Reconhecimento de Fala (IPRF) e sua relação com o tempo de privação sensorial auditiva desses sujeitos. Método: Participaram 28 sujeitos, com configuração audiométrica descendente, divididos em dois grupos: Grupo 1 (G1) – média das frequências de 500 Hz, 1000 Hz e 2000 Hz (MTT) igual ou inferior a 25 dB e Grupo 2 (G2) - limiares auditivos superiores a 25 dB na MTT. Comparou-se a média das frequências de: 250 Hz a 8000 Hz (M8), com a MTT; e com as frequências de 500 Hz a 4000 Hz (MQT). Correlacionou-se as diferentes médias tonais com a desvantagem auditiva obtida por meio dos questionários HHIA/HHIE-S. Ainda, analisou-se a influência do tempo de privação sensorial auditiva no IPRF entre os grupos. Resultados: para o G1, a M8 apresentou resultado superior as demais, estatisticamente significante, já para o G2, esse resultado foi observado apenas comparado a MTT. Ao correlacionar as diferentes médias tonais com o grau de desvantagem auditiva, a força de correlação mostrou-se mais expressiva para a M8. Os sujeitos do G2 apresentaram o maior tempo de privação sensorial auditiva e os piores escores no IPRF. Observou-se, também, que quanto maior o tempo de privação sensorial auditiva piores foram os escores no IPRF, sendo mais expressiva para o G2. Conclusão: para as perdas auditivas de configuração audiométrica descendente a M8 representou melhor a desvantagem auditiva apresentada pelos sujeitos do G1. O tempo de privação sensorial auditiva influenciou no desempenho da percepção de fala, principalmente quando a MTT encontrou-se alterada.
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