Adaptação transcultural da Bullying Scale para estudantes universitários brasileiros
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Data
2019-12-06Primeiro coorientador
Dalmolin, Graziele de Lima
Primeiro membro da banca
Tognetta, Luciene Regina Paulino
Segundo membro da banca
Barlem, Edison Luiz Devos
Terceiro membro da banca
Siqueira, Aline Cardoso
Quarto membro da banca
Dullius, Ângela Isabel dos Santos
Quinto membro da banca
Silveira, Rosemary Silva da
Andolhe, Rafaela
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O bullying é um problema de relação que ocorre de modo intencional e repetitivo, constituindo-se numa forma de violência. Ele pode ocorrer por meio de insultos, ameaças e agressões psíquicas ou físicas, que podem resultar no desequilíbrio emocional dos estudantes. Este estudo objetivou realizar a adaptação transcultural da Bullying Scale para a língua portuguesa do Brasil, verificando sua validade e confiabilidade. A Bullying Scale possui 71 itens divididos em três subescalas: Espectador, Vítima e Agressor. Cada uma é composta por três fatores Bullying verbal, Emocional e Cyberbullying. Desenvolveu-se um estudo metodológico em que o protocolo de adaptação transcultural compreendeu as equivalências: conceitual e de itens, semântica, operacional, de mensuração e funcional. Inicialmente, realizaram-se as etapas de tradução, retrotradução, consenso, concordância da autora original, comitê de especialistas e pré-teste. Após, fez-se a avaliação das propriedades psicométricas da escala adaptada. A população foi composta por estudantes de graduação de uma universidade pública do Rio Grande do Sul, Brasil. Incluíram-se os maiores de 18 anos e regularmente matriculado em um dos cursos de graduação presencial do Campus Sede da referida universidade. Aqueles em situação de trancamento total ou parcial; em mobilidade acadêmica ou intercâmbio, foram excluídos. A coleta de dados ocorreu de maio a setembro de 2019, por meio de um questionário eletrônico, contendo as 71 questões da Bullying Scale relativas ao Espectador, à Vítima e ao Agressor; e, questões de caracterização demográfica e acadêmica. Para análise dos dados empregou-se estatística descritiva e multivariada. A Bullying Scale – Brasil foi submetida a avaliação das propriedades psicométricas por meio de confiabilidade teste-reteste, análise fatorial exploratória e confirmatória, confiabilidade composta, validade convergente e discriminante. A concordância global no teste-reteste foi analisada pelo Prevalence and Bias Ajusted Kappa (PABAK). Para os procedimentos da análise fatorial utilizou-se a rotação Geomin e o estimador WLSMV, disponíveis no pacote estatístico Mplus®, versão 7.1 e no R®. A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer número 2.823.411). No pré-teste, os itens da escala apresentaram uma compressão > 90%. Após o processo de adaptação, participaram do estudo 2048 estudantes universitários. Destes, 192 participaram do reteste. O teste-reteste evidenciou estabilidade temporal e concordância entre os itens (0,82 a 1,00). Após exclusão dos questionários com itens em branco, a amostra ficou composta por 1853 estudantes. A Bullying Scale adaptada foi analisada com base nos 71 das três subescalas. A análise exploratória indicou a exclusão de um item relativo ao Espectador e 7 itens relativos à Vítima. A subescala do Agressor foi testada de diversas formas. No entanto, a junção de itens em um mesmo fator não apresentou coerência teórica. Neste caso, optou-se por seguir o modelo original. Com a exclusão dos itens sugeridos, a Bullying Scale - Brasil ficou composta por 63 itens (22 do Espectador em quatro fatores; 16 da Vítima em três fatores e 25 do Agressor em três fatores). Na amostra estudada, a Bullying Scale - Brasil mostrou-se válida, confiável e fidedigna. Estudos futuros acerca do desempenho da escala, em diferentes contextos universitários brasileiros, serão importantes.
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