Avaliação dos parâmetros de testes empregados para induzir fadiga cíclica em materiais restauradores dentários
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Data
2021-02-20Primeiro coorientador
Valandro, Luiz Felipe
Primeiro membro da banca
Rodrigues, Camila da Silva
Segundo membro da banca
Wandscher, Vinicius Felipe
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente dissertação está dividida em 2 estudos. O estudo 1 revisou sistematicamente a literatura para identificar os métodos e parâmetros de testes utilizados para induzir fadiga cíclica em espécimes não anatômicos de materiais restauradores dentários disponíveis comercialmente e discutir as indicações, limitações e implicações dos diferentes parâmetros de testes e métodos adotados. Foram selecionados estudos in vitro escritos em língua inglesa que avaliaram espécimes não anatômicos de materiais restauradores dentários disponíveis comercialmente, submetidos à fadiga cíclica. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science por 2 pesquisadores independentes. A busca inicial resultou em 1.848 artigos, dos quais 92 foram incluídos. Dentre os estudos incluídos, a maioria avaliou cerâmicas odontológicas, testadas sem a presença de um agente de cimentação ou substrato de suporte, utilizando ensaios de fadiga acelerados, frequências ≤2 Hz, pistões de aço inoxidável com ponta esférica, carregamento axial e ambiente de teste úmido. Assim, foi possível concluir que a definição da configuração do teste e do método de fadiga deve estar estritamente relacionada ao objetivo do estudo, e os achados devem ser compatíveis com o padrão de falha clínica ou conforme descrito nas diretrizes internacionais de testes mecânicos, onde a análise fractográfica é recomendada. O estudo 2 teve por objetivo avaliar a influência da frequência de carregamento no comportamento mecânico à fadiga de restaurações simplificadas de cerâmica infiltrada por polímeros (PICN) e dissilicato de lítio (LD). Trinta discos (Ø= 10 mm; espessura= 1,0 mm) de cada cerâmica foram cimentados adesivamente em discos de material análogo à dentina (Ø= 10 mm; espessura= 2,0 mm). Os espécimes foram alocados aleatoriamente em 4 grupos (n= 15) de acordo com o material cerâmico (LD ou PICN) e com a frequência de carregamento utilizada (2 ou 20 Hz). O teste de fadiga stepstress (carga inicial= 200 N; incremento= 100 N; 10.000 ciclos) foi executado e os dados foram analisados por testes de sobrevivência (Kaplan Meier e Mantel-Cox) e análise de Weibull. Nenhuma diferença estatística foi detectada em relação a carga para falha em fadiga e número de ciclos para falha entre os grupos do mesmo material cerâmico para as diferentes frequências avaliadas. Todas as falhas foram trincas radiais partindo da superfície de cimentação. Portanto, o uso de uma frequência de carregamento de 20 Hz é uma alternativa viável para acelerar os testes de fadiga, sem alterar os valores de carga para falha por fadiga, número de ciclos para falha e o padrão de falha de restaurações simplificadas de cerâmica infiltrada por polímeros e dissilicato de lítio.
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