Pseudogap e energia cinética de supercondutores não convencionais descritos por um modelo de Hubbard em duas dimensões

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Data
2020-03-30Primeiro membro da banca
Morais Junior, Carlos Alberto Vaz de
Segundo membro da banca
Dorneles, Lucio Strazzabosco
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Em supercondutores convencionais descritos pela Teoria de Bardeen-Schrieffer-Cooper
(BCS), a transição do estado normal para o estado supercondutor é acompanhada por
uma redução na energia potencial e um aumento na energia cinética. Em contrapartida,
nos supercondutores de alta temperatura, as energias potencial e cinética apresentam um
comportamento não convencional que pode estar fortemente relacionado com o fenômeno
do pseudogap. No presente trabalho, são analisadas as energias potencial e cinética no
estado supercondutor do modelo de Hubbard de duas dimensões. O modelo é investigado
usando o método das funções de Green com uma aproximação de n-polos, que permite
supercondutividade com paridade de onda dx2y2 . No presente cenário, um pseudogap
emerge próximo dos pontos antinodais na superfície de Fermi, quando o regime de forte
correlação é atingido. Os resultados mostram que, em uma região de baixa dopagem,
o sistema entra no regime de forte correlação e a abertura do pseudogap é seguida por
uma diminuição na energia cinética e um aumento na energia potencial. Um diagrama de
fase da interação coulombiana U versus a ocupação nT também é apresentado. Esse diagrama
de fase mostra claramente que o regime de pseudogap coincide com o regime de
forte correlação no qual as energias potencial e cinética apresentam um comportamento
não convencional. A análise da densidade de estados e do potencial químico mostra que
o comportamento não convencional das energias potencial e cinética ocorre devido à manifestação
do pseudogap na região de altas ocupações. Observa-se também que o surgimento
do pseudogap, quando a ocupação aumenta, é precedido de uma mudança na
topologia da superfície de Fermi, a qual caracteriza uma transição de Lifshitz. Tanto o
pseudogap quanto a transição de Lifshitz são afetados pelo salto para segundos vizinhos
t2 (do modelo de Hubbard). Esse resultado está de acordo com resultados teóricos e experimentais
recentes para o modelo de Hubbard e para os cupratos.
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