Função de bactérias e fungos ruminais na degradação de forragens in vitro

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Data
2021-02-23Primeiro membro da banca
Batistel, Fernanda
Segundo membro da banca
Cotelo, Martín Fraga
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O estudo foi conduzido para avaliar o papel interativo de bactérias e fungos na
degradação de forragens C3 e C4 in vitro. Amostras secas e moídas (1 mm) de
Cynodon spp. (Tifton 85) e Lolium multiflorum Lam. (Azevém) foram pesadas (1,5 g) em
triplicata em frascos de 160 mL e incubadas in vitro por 48 h em meio (50 mL tampão +
50 mL inóculo ruminal) contendo ou não substâncias antimicrobianas. Uma mistura de
penicilina, cloranfenicol e estreptomicina (500 mg/L de cada) foi usada como antibiótico
e a cicloheximida (50 mg/L) foi usada como antifúngico. As fermentações in vitro foram
conduzidas anaerobicamente em sistema de agitação lenta em banho-maria a 39°C. Os
tratamentos foram: antibiótico (F), antifúngico (B), controle positivo (BF+, sem
antimicrobianos) e controle negativo (BF-, com antimicrobianos). Foram realizados três
ensaios para cada forragem e, em cada ensaio, o volume de gás foi medido às 3, 6, 9,
12, 24, 36 e 48 horas de incubação. Para 24, 36 e 48 horas, houve uma triplicata de
frascos de cada tratamento, no qual o resíduo sólido teve seu DNA extraído. O DNA de
bactérias e fungos ruminais em cada tratamento e horário foi quantificado por análise
de Reação em Cadeia da Polimerase em tempo real (qPCR). A atividade fibrolítica de
cada tratamento, em cada tempo, foi avaliada através de incubação com xilano e
posterior análise de açúcares redutores pelo método Somogyi-Nelson. Os dados da
produção cumulativa de gás em cada frasco em cada ensaio foram ajustados a um
modelo logístico de um pool que gerou três parâmetros cinéticos: produção total de gás
(V, mL ), taxa de produção de gás (Kd,%/h) e lag time (L, horas). Os dados foram
analisados através de procedimento GLM do SAS e as médias comparadas através de
teste T Student, com valor de significância de 5%. Bactérias ruminais possuem maior
papel sobre a degradação de forragens. Para tifton 85, fungos e bactérias interagiram
sinergicamente, permitindo maior degradação e aderência bacteriana. Houve menor
degradação e aderência de fungos para azevém, sendo as bactérias as principais
responsáveis pela adesão e degradação desta forragem. Maior atividade fibrolítica foi
observada para tifton 85 comparado ao azevém. A interação de bactérias e fungos
tende a possuir maior atividade fibrolítica, não houve diferença entre as populações
isoladas quanto à produção de enzimas. Os resultados deste estudo contribuem para
um melhor entendimento da atividade de fungos no rúmen, bem como sua interação
com a população bacteriana sobre a degradação de forragens.
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