Disfagia em pacientes neurológicos pós extubação da ventilação mecânica
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Fecha
2016-08-17Primeiro coorientador
Pereira, Marisa Bastos
Primeiro membro da banca
Pasqualoto, Adriane Schmidt
Segundo membro da banca
Silva, Antônio Marcos Vargas da
Terceiro membro da banca
Bolzan, Geovana de Paula
Quarto membro da banca
Almeida, Sheila Tamanini de
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
OBJETIVOS: Investigar a presença de disfagia em pacientes neurológicos pós extubação em
Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os objetivos secundários foram: Avaliar a incidência e
fatores relacionados à disfagia pós extubação de pacientes em UTI e analisar as variáveis
pressão inspiratória máxima (PImáx), dias de ventilação mecânica (VM), uso de
traqueostomia (TQT), dias de internação na UTI, Escala de Coma de Glasgow (GCS) e pico
de fluxo de tosse reflexa (PFTR) em pacientes neurológicos pré extubação. MÉTODOS:
Primeiramente foi feita uma revisão sistemática, levando-se em consideração as diretrizes da
Cochrane Handbook. Adotou-se como pergunta de pesquisa: qual a incidência e fatores
relacionados à disfagia pós-extubação em UTI? A pesquisa foi realizada nas bases de dados
PubMed, ScienceDirect e Scopus. Para a busca dos trabalhos publicados, os descritores
adotados foram: “epidemiology”, “incidence”, “deglutition disorders”, “intensive care units”,
“airway extubation”, “respiration artificial”. Após, realizou-se um estudo caso controle, na UTI
de um hospital público da Região Sul. Foram avaliados 38 pacientes neurológicos, divididos
em grupo disfágico e não disfágico, que estiveram em VM por um período maior que 24 horas
e que estavam em processo de extubação do tubo orotraqueal (TOT) ou em desmame da
TQT. Anteriormente ao processo de extubação, o paciente passou pelos testes de força da
musculatura respiratória, GCS e PFTR. Entre 24 e 48 horas após a extubação ou desmame
da TQT, os pacientes foram submetidos à avaliação clínica-fonoaudiológica pelo Protocolo de
Avaliação de Risco de Disfagia (PARD). RESULTADOS: A incidência de disfagia variou entre
38,1 e 93%. Tempo de intubação orotraqueal (IOT), VM e sepse foi encontrado como fatores
relacionados à disfagia. Foi possível verificar que os grupos disfágicos e não disfágicos
apresentaram semelhança quanto à força muscular respiratória, GCS e PFTR. Já idade e
tempo de internação hospitalar apresentaram diferenças estatísticas significativas entre os
dois grupos. Avaliando o grupo de pacientes neurológicos, sem divisão quanto à disfagia,
houve correlação com significância estatística entre as variáveis: PIMáx e PFTR, resposta
motora (RM) e dias de VM. A correlação entre o uso ou não uso da TQT, dias de VM e dias
de UTI também apresentou significância estatística. CONCLUSÕES: Por meio da revisão
sistemática foi possível identificar a grande variabilidade de incidência de disfagia pósextubação. Além disso, tempo de IOT, tempo de VM e sepse foram fatores relacionados de
maior relevância para o desenvolvimento da disfagia orofaríngea nos sujeitos internados em
UTI. Os pacientes neurológicos disfágicos possuem idade mais avançada e necessitam maior
tempo de internação hospitalar. Na totalidade dos pacientes neurológicos, sem divisão quanto
à presença ou não de disfagia, a utilização da TQT se relaciona com a necessidade de menos
tempo de internação na UTI. Força muscular inspiratória está relacionada com o pico de fluxo
da tosse. Além disso, a boa resposta motora na GCS teve relação com a diminuição de dias
de VM em pacientes neurológicos internados na UTI.
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