Quociente respiratório: inovação tecnológica para o armazenamento de maçãs em atmosfera controlada dinâmica
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Data
2013-11-06Primeiro membro da banca
Tabaldi, Luciane Almeri
Segundo membro da banca
Steffens, Cristiano André
Terceiro membro da banca
Rombaldi, Cesar Valmor
Quarto membro da banca
Saquet, Adriano Arriel
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A atmosfera controlada convencional resultou em significativa melhora na manutenção da
qualidade de maçãs durante as últimas décadas. Entretanto, nesse sistema de armazenagem ainda
ocorrem significativas perdas. Para tanto, recentemente foi desenvolvida uma nova técnica para
armazenamento de maçãs denominada de atmosfera controlada dinâmica (ACD) e monitorada pela
emissão de fluorescência de clorofilas. Este sistema é utilizado comercialmente em alguns países e é
conhecido como HarvestWatchTM (ACD HW). O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade de
maçãs armazenadas em um novo método de ACD com monitoramento do quociente respiratório (QR)
e comparar este com o sistema comercial de ACD e com a atmosfera controlada convencional (AC).
Além disso, avaliar o efeito da associação de 1-metilciclopropeno (1-MCP) ou temperaturas mais
elevadas à ACD sobre a qualidade das maçãs. Foram conduzidos experimentos que foram separados em
quatro artigos científicos nesta tese. Inicialmente, foram monitorados diferentes quocientes respiratórios
que proporcionassem melhor manutenção da qualidade das maçãs armazenadas em ACD. Em seguida
verificou-se também o efeito da associação de 1-MCP e elevação da temperatura no armazenamento em
ACD de maçãs ‘Royal Gala’ e ‘Fuji Suprema’ no Brasil e ‘Braeburn’ na Alemanha, sempre comparando
a nova ACD QR com a ACD HW e AC convencional. O tempo de armazenamento e temperatura foi de
sete a nove meses e 0,5, 1 ou 1,5°C para as maçãs ‘Royal Gala’; de nove meses e -0,5°C para as maçãs
‘Fuji Suprema’; e de oito meses e 1 ou 3°C para as maçãs ‘Braeburn’, respectivamente. Após o
armazenamento, as maçãs foram expostas por 7 dias a 20°C. A ACD com QR acima de 2 resulta em
danos aos tecidos e sabor alcoólico da polpa das maçãs, portanto, não indicada para monitorar a ACD.
O QR mais adequado para armazenagem de maçãs ‘Royal Gala’ e ‘Fuji Suprema’ foi de 1,5 a 2 e para
maçãs ‘Braeburn’ de 1,5. Nestes quocientes respiratórios para controlar a pressão parcial de oxigênio
na ACD, as maçãs apresentaram menor ocorrência de distúrbios fisiológicos e maior firmeza de polpa,
principalmente, devido à redução da síntese de etileno e taxa respiratória. A redução na atividade
metabólica é decorrente da produção de etanol na polpa de maçãs em condições de hipóxia, que resulta
na inibição da rota de síntese de etileno e, portanto, na redução do avanço do processo de
amadurecimento. A associação da aplicação de 1-metilciclopropeno ao armazenamento de maçãs ‘Royal
Gala’ e ‘Fuji Suprema’ em ACD resultou em menor taxa respiratória e produção de compostos da
fermentação e, consequentemente, manteve maior teor de sólidos solúveis e de ácidos, entretanto, sem
efeito sobre a firmeza de polpa nas maçãs ‘Royal Gala’. Maçãs ‘Royal Gala’, produzidas no Brasil,
armazenadas na temperatura de 1,5°C e maçãs ‘Braeburn’, produzidas na Alemanha, a 3°C apresentaram
menor ou igual ocorrência de distúrbios fisiológicos que às maçãs armazenadas em menor temperatura.
Portanto, as temperaturas mais elevadas mantêm a mesma qualidade de maçãs e, além disso, tem-se o
ganho na economia de energia nos sistemas de geração de frio.
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