Frequência de sarcopenia e seus fatores associados em pessoas vivendo com HIV assistidas por um serviço público no interior do Rio Grande do Sul
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Data
2019-10-29Primeiro coorientador
Carvalho, José Antonio Mainardi de
Primeiro membro da banca
Machry, Rafael Vaz
Segundo membro da banca
Tupinambás, Unaí
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Com o aumento na expectativa de vida e a redução na mortalidade, observada em
pessoas portadoras do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e/ou Síndrome da
Imunodeficiência Humana Adquirida (SIDA), doenças crônicas estão sendo mais
diagnosticadas e de maneira precoce. A sarcopenia é uma condição cada vez mais
diagnosticada e está associada com risco de fraturas ósseas, diminuição da
qualidade de vida e morte. Poucos estudos avaliam a presença de sarcopenia em
pessoas vivendo com HIV (PVHIV). O objetivo do nosso estudo foi avaliar a
frequência de sarcopenia e os possíveis fatores associados a ela, em PVHIV com
mais de 50 anos. Para tanto, foi realizado um estudo transversal que incluiu PVHIV
com idade maior ou igual a 50 anos que eram cadastrados na Farmácia do Hospital
Universitário de Santa Maria (HUSM), RS, Brasil. Foi aplicado um questionário
estruturado, coletada amostra de sangue, medida da força muscular, aferida a
composição corporal e realizado raio X de coluna vertebral. Dentre os 101 pacientes
recrutados para o estudo, 83 realizaram ambos exames de absorciometria por dupla
emissão de raios-X (DXA) e medida da força muscular. As frequências de
sarcopenia à pré-sarcopenia nos indivíduos estudados foram 12% e 16,9%,
respectivamente. A baixa massa magra apendicular (ALMI) se associou a um menor
T-escore em todos os sítios estudados (coluna vertebral, colo de fêmur e fêmur
total). Houve uma tendência para os indivíduos com sarcopenia apresentarem
frequentemente múltiplas fraturas vertebrais, quando comparados ao restante do
grupo (44,4% vs. 16,2%, p=0,066). Na análise univariada, a baixa ALMI se associou
ao óxido nítrico (NOx) (p=0,011) e alanina amino transferase (ALT) (p=0,040).
Existiu uma tendência à proteína C reativa (PCR) mais elevada nos pacientes com
baixa ALMI (p=0,058). Na análise de regressão linear múltipla, tanto a ALT
(p=0,047), quanto a PCR (p=0,009), foram associadas a baixa ALMI. Em conclusão,
assim como na população geral, a sarcopenia parece estar associada a uma menor
densidade óssea e uma maior frequência de fraturas. A associação entre a baixa
ALMI e a PCR sugere que possa existir algum componente de inflamação crônica
associado a baixa massa muscular nesses indivíduos.
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