Análise do centro de pressão sobre a sela durante a montaria realizada em diferentes pisos: repercussões para a equoterapia
Resumen
Introdução: A exposição repetitiva a uma tarefa postural, determina que indivíduos refinem sua resposta para otimizar seu controle postural. Na equoterapia
o movimento do andar do cavalo serve como mediador para obter esse efeito terapêutico e pode ser manipulados de acordo com cada indivíduo. Para tanto, é
necessário compreender a implicação da manipulação da tarefa, no movimento do centro de pressão (COP) do indivíduo e validar procedimentos empíricos da
equoterapia. Objetivos: verificar se diferentes pisos (areia, grama e asfalto) modificam parâmetros do COP sobre a sela durante a montaria. Metodologia: o
grupo do estudo foi composto com 22 sujeitos do sexo masculino, saudáveis, com experiência e praticantes de montaria. Foi realizado um questionário sobre a prática de montaria, uma avaliação postural, uma antropométrica e da amplitude e velocidade de deslocamento do COP durante a montaria nos diferentes pisos,
através de um sistema de mensuração de pressão portátil posicionado sobre a sela Análise de variância e teste de Kruskal Wallis foram utilizados com um nível de significância de 0,05. Resultados: Os valores de amplitude de deslocamento tanto anteroposterior quanto mediolateral foram maiores na areia, seguidas da grama e do asfalto, com diferenças significativas apenas entre a areia e o asfalto. Os valores de velocidade de deslocamento do COP não apresentaram diferenças significativas entre os pisos. Conclusões: Esses resultados podem trazer importantes repercussões para a equoterapia uma vez que o piso modificou as oscilações rítmicas do cavalo que são essenciais nos programas de reabilitação.