Avaliação do impacto da expansão rápida da maxila e laserterapia na qualidade de vida relacionada à saúde bucal em crianças
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Data
2021-04-09Primeiro membro da banca
Mattos, Cláudia Trindade
Segundo membro da banca
Tomazoni, Fernanda
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O objetivo desta pesquisa foi avaliar o impacto do tratamento ortodôntico interceptativo com expansão rápida da maxila (ERM) e laserterapia na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de crianças. Foi realizado um ensaio clínico controlado randomizado, com 27 crianças com idade entre 8 e 12 anos, na fase de dentição mista, apresentando atresia maxilar e mordida cruzada posterior aparente ou relativa, divididas em dois grupos: grupo experimental (GE, n=13) – que realizou ERM e laserterapia em 10 pontos do palato, sendo 4 na sutura palatina mediana e 6 lateralmente; e grupo controle (GC, n=14) – que realizou apenas ERM. Os tempos de avaliação foram: T0 – fase pré-tratamento (antes da instalação do disjuntor), T1 – dia da estabilização do parafuso, T2 – 3 meses após a estabilização do parafuso, T3 – imediatamente após a remoção do disjuntor (após 6 meses de contenção), e T4 – 3 meses após a remoção do disjuntor. A avaliação da QVRSB foi realizada por meio da aplicação da versão brasileira do questionário Child Perceptions Questionnaire (CPQ8-10), respondido pelas crianças em todos os tempos experimentais. A análise multinível de regressão de Poisson foi utilizada para comparar os escores gerais e por domínios do questionário de acordo com o grupo e tempo de tratamento. Resultados: Quando considerada a avaliação da QVRSB de todas as crianças, a pontuação dos escores do CPQ8-10 diminuiu 22% em 3 meses (T2, Taxa de incidência, IRR 0,78; Intervalo de Confiança, IC 95% 0,68-0,90), 41% em 6 meses (T3, IRR 0,59 IC 95% 0,50-0,69) e 50% após 9 meses de acompanhamento (T4, IRR 0,50; IC 95% 0,42-0,59) em relação ao T0. Os escores dos domínios específicos limitação funcional, bem-estar emocional e bem-estar social apresentaram redução significativa ao longo do tempo, sendo observado um maior efeito após os 9 meses de acompanhamento nos domínios de limitação funcional 66% (IRR 0.34; IC 95% 0.25-0.48), bem estar emocional 45% (IRR 0.55; 95% CI 0.34-0.89) e bem-estar social 65% (IRR 0.35; IC 95% 0.23-0.54). Quando avaliada a diferença intergrupos, não houve diferença estatisticamente significativa nos escores gerais do CPQ8-10 (IRR 1.01; IC 95% 0,62 -1,63). Conclusões: Houve diminuição dos escores gerais e dos domínios específicos do CPQ8-10 ao longo do período de avaliação, indicando melhora gradual da QVRSB em crianças tratadas com ERM. Na população estudada, a utilização da laserterapia não teve influência significativa nos escores do CPQ8-10.
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