dc.creator | Santos, Alessandra Lessa dos | |
dc.date.accessioned | 2021-08-13T17:12:00Z | |
dc.date.available | 2021-08-13T17:12:00Z | |
dc.date.issued | 2016-05-31 | |
dc.identifier.uri | http://repositorio.ufsm.br/handle/1/21933 | |
dc.description.abstract | This dissertation consists of reviewing the philosophical project of Iris Murdoch, aiming to
understand the role of literature regarding moral philosophy and philosophical argumentation.
The possible contributions from literature to these purposes has been examined by
contemporary authors who accept two different positions: on one hand, there are those authors
who support that literature can work as an expanded form of moral argumentation, and on the
other are those who support that literature can work as illustration for moral arguments, but it
cannot be understood as close to moral philosophy itself. This tradition was questioned in the
first chapter, in which we exposed how literature would work as moral argument, considering
Crary‘s interpretation about the perspectives envisioned by Ryle, Raphael Nussbaum and
Diamond. Crary understood the connection between philosophy and literature through two
concepts, namely, the narrower conception (it keeps the standard syllogistic argumentative
form of philosophy, and literature works as illustration for moral contexts) and the wider
conception (arguments must overcome its classic/standard form including emotional
responsiveness, and so it is not wrong to say that literary texts are close to philosophy in
value). The second chapter is an overview of Murdoch`s philosophical project. She criticized
the traditional perspective that the moral life is limited to the deal with normative purposes
which should be a guide to the right action, in accordance to a Kantian or utilitarian point of
view. Following Murdoch, the moral agency does not need to focus only on a normative
behavior, but pursue a personal self-improvement, overwhelmingly determined by the
correction of our vision or texture of life. That means that human beings are subjectively
complex, and it strongly influences how they act in the world and comprehend it. Thus, the
task of morality is to ‗repair‘ the subjects‘ inner life, that is, to support us in overcoming our
selfishness and delusions. This moral correction would depend on the Good (platonic) which
exists transcendentally, and directs us to objectivity, altruism and virtue. The fruition of the
Good occurs through external objects which contain it, such as literary texts and various
technai (language learning, crafts) which requires humility in order to grasp them. In the third
chapter, we analyzed more specifically the role of literature in Murdoch`s philosophy. She
argues that literature provides the learning of virtues as far as we observe the characters'
features, and select which ones are desirable or bad, and from this we obtain the opportunity
of improving our character. Literary texts are objects which contain the Good, they remove us
from our natural selfishness because they make us realize the qualities we need to pursue or
abandon, and it is a moral exercise. At last, we tried to pinpoint elements in order to support
the thesis that Murdoch accepts literature as a way of thinking about morality, yet literature
and philosophy are very different intellectual productions, and they have to be part of human | eng |
dc.language | por | por |
dc.publisher | Universidade Federal de Santa Maria | por |
dc.rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International | * |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ | * |
dc.subject | Iris Murdoch | por |
dc.subject | Ética | por |
dc.subject | Literatura | por |
dc.subject | Ethics | eng |
dc.subject | Literature | eng |
dc.title | Contra a aridez: Iris Murdoch e o papel da literatura na filosofia moral | por |
dc.title.alternative | Against dryness: Iris Murdoch and the role of literature in moral philosophy | eng |
dc.type | Dissertação | por |
dc.description.resumo | Esta dissertação consiste numa revisão do projeto filosófico de Iris Murdoch, visando
compreender o papel da literatura na filosofia e argumentação moral. As possíveis
contribuições da literatura para esses propósitos tem sido examinadas por autores
contemporâneos que assumem duas posições diferentes: de um lado, estão aqueles autores que
sustentam que a literatura atua como forma ampliada de argumento moral e, de outro, estão os
que sustentam que textos literários servem como ilustrações para argumentos morais, não
sendo filosofia moral. Essa tradição foi problematizada no primeiro capítulo, no qual
expusemos de que modo a literatura funcionaria como argumento moral, considerando a
interpretação de Crary acerca das perspectivas preconizadas por Ryle, Raphael, Nussbaum e
Diamond. Crary compreendeu a ligação entre filosofia e literatura a partir de duas
concepções, a saber: a concepção estreita (se mantém a forma argumentativa silogística usual
da filosofia, e a literatura serve como ilustração para contextos morais) e a concepção ampla
(argumentos devem superar sua forma clássica incluindo a receptividade emocional, e por isso
não é incorreto dizer que textos literários são próximos da filosofia em valor). O segundo
capítulo consiste numa recapitulação do projeto filosófico de Murdoch. Ela criticou a
tradicional perspectiva de que a vida moral limita-se ao seguimento de propósitos normativos
que devem funcionar como guia para a ação correta, sob um ponto de vista kantiano ou
utilitarista. De acordo com Murdoch, a agência moral não precisa focar apenas em buscar por
um comportamento normativizado por regras imparciais de ação, mas perseguir um
melhoramento pessoal, majoritariamente determinado pela correção da nossa visão ou textura
da vida. Isso quer dizer que seres humanos são subjetivamente complexos, e isso
inegavelmente determina como agem e compreendem o mundo. A tarefa da moralidade,
então, é reparar a vida interior dos sujeitos, isto é, é auxiliar na superação dos nossos
egoísmos e ilusões. Essa correção moral dependeria do Bem (platônico), que existe
transcendentalmente, e nos direciona para a objetividade, ao altruísmo e às virtudes. A fruição
do Bem ocorre através de objetos que o contenham, tal como os textos literários e as várias
technái (aprendizagem de línguas, ofícios) que exigem humildade para sua apreensão. No
terceiro capítulo, analisamos, mais especificamente, o papel da literatura na filosofia de
Murdoch. Ela argumenta que a literatura propicia a aprendizagem de virtudes na medida em
que observamos as características das personagens, e selecionamos quais delas são desejáveis
ou ruins, e a partir disso ganhamos a oportunidade de aprimorarmos o nosso caráter. Textos
literários são objetos que contém o Bem, e podem nos afastar do nosso natural estado de
egoísmo, pois nos fazem perceber as qualidades que precisamos buscar ou abandonar, e por
isso é um exercício moral. Por fim, procuramos fornecer elementos para sustentar a tese de
que Murdoch admite a literatura como um dos meios de se pensar a moralidade, ainda que
filosofia e literatura sejam produções intelectuais distintas, devendo fazer parte do consumo
humano apto a aperfeiçoar a autocompreensão moral. | por |
dc.contributor.advisor1 | Williges, Flavio | |
dc.contributor.advisor1Lattes | http://lattes.cnpq.br/5467666371380781 | por |
dc.contributor.referee1 | Klaudat, André Nilo | |
dc.contributor.referee2 | Satter , Janyne | |
dc.creator.Lattes | http://lattes.cnpq.br/3850713191872476 | por |
dc.publisher.country | Brasil | por |
dc.publisher.department | Filosofia | por |
dc.publisher.initials | UFSM | por |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Filosofia | por |
dc.subject.cnpq | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA | por |
dc.publisher.unidade | Centro de Ciências Sociais e Humanas | por |