Percepções do ser humano internado em unidade psiquiátrica sobre o viver com doença mental
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Data
2015-02-26Primeiro membro da banca
Schimith, Maria Denise
Segundo membro da banca
Leite, Marinês Tambara
Terceiro membro da banca
Padoin, Stela Maris de Mello
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O processo saúde doença envolve a percepção de cada ser humano e sociedade em uma
determinada época e cultura. O objetivo do estudo foi desvelar a percepção do ser humano
internado em unidade psiquiátrica sobre o viver com doença mental. Trata-se de um estudo
fenomenológico sustentado pelo referencial teórico-filosófico de Maurice Merleau-Ponty. A
etapa de campo foi desenvolvida no período de janeiro a março de 2014, na Unidade de
Internação Psiquiátrica Paulo Guedes do Hospital Universitário de Santa Maria, no Rio
Grande do Sul, Brasil, após a aprovação do Protocolo do Projeto de Dissertação pelo Comitê
de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, sob o nº 26153713.1.0000.5346. Os participantes
foram 10 pessoas com idades entre 21 anos e 59 anos, hospitalizadas, com doença mental. Na
coleta das informações utilizou-se a entrevista fenomenológica, que se caracterizou por ser
aberta e individual. Optou-se pela utilização da hermenêutica de Paul Ricoeur, seguindo como
método de interpretação dos discursos. Revelaram-se três temas a partir dos discursos
mostrando a riqueza do conteúdo existencial que perpassa o vivido do ser humano com a
doença mental, propiciando reflexões profundas: o mundo do ser humano que vivencia a
doença mental; percepção da doença mental para o ser humano que vivencia a internação
psiquiátrica; e o ser na relação de ambiguidade: o movimento de liberdade. O estudo desvelou
uma rede de significações, que não foi estática, mas que se abre a inúmeras interpretações,
pois não é determinada definitivamente Desse modo, a equipe de saúde, em especial o
enfermeiro, necessita congregar nas suas ações o cuidado ao ser humano que vivencia a
doença mental, em consonância ao modelo psicossocial e, aos princípios e diretrizes do
Sistema Único de Saúde. Também promover uma rede quente de cuidado singularizado, que
prese pelo acolhimento e instigue o autocuidado do ser humano por meio da educação em
saúde; na perspectiva de ações de integralidade, promover a saúde mental e a prática da
enfermagem social. Sendo assim, esse estudo poderá nortear a aplicabilidade da política
nacional de saúde mental na perspectiva de promover a autonomia do sujeito pela sua voz.
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