Repercussões clínicas de indivíduos expostos à fumaça tóxica e níveis de cianeto
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Data
2019-08-20Autor
Stangherlin, Micheli Limana
Primeiro membro da banca
Weinmann, Angela Regina Maciel
Segundo membro da banca
Haeffner, Leris Salete Bonfanti
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O objetivo desse estudo foi avaliar as repercussões clínicas da exposição ao cianeto nos sobreviventes do incêndio ocorrido em Santa Maria, em janeiro de 2013. Estudo retrospectivo, transversal e descritivo dos sobreviventes do incêndio em 27 de janeiro de 2013 e que realizaram a dosagem de cianeto. A amostra foi obtida do banco de dados do ambulatório de pneumologia CIAVA, HUSM. Foram incluídos no estudo aqueles que se expuseram a fumaça e realizaram a dosagem de cianeto. Foram excluídos indivíduos que não realizaram a dosagem de cianeto e os que não eram pacientes do ambulatório. Foram avaliados dados clínicos, demográficos e laboratoriais e esses foram correlacionados com o nível de cianeto no sangue. De um banco de 350 pacientes foram avaliados 45. A idade foi, em média, 22,6 anos (com variação de 18 a 38 anos), 25 indivíduos do sexo feminino, 20 do sexo masculino e apenas 4 eram fumantes habituais. Quatro tinham diagnóstico prévio de asma e 21 de rinite. O tempo de exposição à fumaça foi 5 minutos em média, com variação de 1 minuto a 90 minutos. Todos foram hospitalizados, com tempo médio de internação de 12 dias. Metade dos pacientes foi admitida em unidade terapia intensiva com necessidade de prótese ventilatória e permanência média de 6,8 dias. Tosse foi o sintoma inicial mais frequente (93%), seguido de dispneia (75%), disfonia (70,5%), dor de garganta (68%), escarro (65,9%), sensação de opressão torácica e perda de consciência em 25 casos cada um (56,8%) e sibilância (45,5%). Oito pacientes apresentaram níveis de cianeto maiores do que 0,1 mcg/ml. Houve associação significativa entre os níveis de cianeto e cefaleia (p= 0,0037) e correlação limítrofe com a saturação de oxigênio (p=0,05). Manifestações da toxicidade por cianeto são muito variáveis, desde confusão mental até parada cardíaca. Nosso estudo está de acordo com os achados prévios na literatura de que cefaleia é um sintoma de intoxicação por cianeto.
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