Autocontrole de placa com escova e fio dental realizado por indivíduos treinados: 6 meses de acompanhamento
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Data
2021-07-15Primeiro membro da banca
Pannuti, Cláudio Mendes
Segundo membro da banca
Weidlich, Patrícia
Terceiro membro da banca
Gaio, Eduardo José
Quarto membro da banca
Sfreddo, Camila Silveira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente tese teve como objetivo responder, por meio de dois artigos científicos, questões referentes à prevenção e tratamento da inflamação gengival através do autocontrole de placa em dois perfis de sujeitos. O primeiro artigo teve como objetivo avaliar se indivíduos sem perda de inserção prévia que passaram por intensivo treinamento de higiene bucal (HB) (8 sessões semanais) (a) estariam aptos a manter os novos hábitos de HB durante 180 dias sem intervenção profissional e (b) se o fio dental permaneceria resultando em benefícios adicionais à escovação durante este período. Setenta e cinco indivíduos com mínimo de 15% de sítios proximais com sangramento gengival foram randomizados para receber o treinamento com escova multicerdas (E) ou escova multicerdas+fio dental (E/F). A seguir, os indivíduos foram acompanhados durante 180 dias sem intervenção profissional. Médias de escore 2 do Índice Gengival (IG) (sangramento gengival) e de IG proximal foram os desfechos primários. Comparação entre os grupos foi avaliada por Modelos lineares mistos (p <0,05). Quarenta e oito sujeitos completaram o acompanhamento. Após redução de inflamação gengival associada ao período de treinamento, nenhuma alteração na condição gengival foi observada dentro dos grupos durante 180 dias, mostrando que os indivíduos mantiveram os hábitos de higiene bucal aprendidos. Em 180 dias, o uso adjunto do fio dental (12,8±2,5), mostrou benefícios adicionais à escova (19,8±2,2) considerando diferenças estatisticamente significantes no sangramento gengival proximal. Quando pacientes com a papilas intactas são treinados para usar adequadamente o fio dental, o fio associado com a escova promove maior redução da inflamação gengival proximal quando comparado a escova. O segundo artigo avaliou, em indivíduos com histórico de periodontite inclusos em manutenção periodontal com máximo de 7,5% de sítios com escore 2 do IG, a correlação entre acúmulo de placa e a condição gengival. Quarenta e dois indivíduos foram randomizados para realizar HB em intervalos diários (12h e 24h) ou estendidos (48h). Índice de Placa (IP), IG e Sangramento a Sondagem (SS) foram mensurados no baseline, 30 e 90 dias. Estatísticas descritivas e correlação de Spearman entre acúmulo de placa e condição gengival foram apresentadas. Ambos os grupos, G12/24h e G48h, mostraram aumento significativo nos escores de placa ao longo do estudo, mas somente indivíduos com intervalos de HB estendidos apresentaram aumento da inflamação gengival (SS e escore 2 do IG). Aos 90 dias, G48h apresentou escores estatisticamente maiores de inflamação gengival do que o G12/24h. Enquanto as correlações entre IP/IG não foram afetadas pelos diferentes intervalos de HB, as correlações entre IP/SS e IP/escore 2 do IG permaneceram imutáveis no G12/24h e aumentaram no G48h. Isso significa que indivíduos realizando HB em intervalos estendidos permitem suficiente desenvolvimento de placa para resultar em inflamação gengival; enquanto a HB diária, embora possa resultar em aumento dos escores de placa, não permite o desenvolvimento da mesma a uma condição que induza resposta inflamatória gengival.
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