Efeito da velocidade de semeadura e dose de lubrificante sólido no estabelecimento da cultura do milho
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Data
2021-05-28Primeiro membro da banca
Santi, Antônio Luis
Segundo membro da banca
Bertollo, Gilvan Moisés
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este trabalho teve como objetivos avaliar o efeito de velocidades de semeadura e doses de lubrificante sólido sobre a distribuição longitudinal e população de plantas de milho, em dois anos agrícolas e, ainda, avaliar dentre os indicadores estatísticos, aquele que melhor detecta a variabilidade espacial de sementes. O estudo foi conduzido em Latossolo Vermelho, em área de 0,36 hectares, localizada no município de Boa Vista das Missões, RS, Brasil. O experimento foi realizado com a semeadora da marca Stara, modelo Victoria 3150. Estava montada com oito linhas, espaçadas em 0,45 m cada, com distribuição mecânica de sementes, por meio de disco alveolado, com 28 furos e abertura de 11,5 mm, juntamente com anel de 4 mm de espessura, com rebaixe de 2 mm. Os sulcadores são do tipo haste para adubo e disco duplo desencontrado para sementes e contava com reservatório de sementes individual. Foi tracionada por um trator agrícola com potência compatível. Em cada faixa de semeadura, com largura de 3,15 metros e comprimento útil de 10 metros, foram avaliados os espaçamentos aceitáveis, falhos e duplos entre plantas, em diferentes velocidades de semeadura (2,0; 4,0; 6,0; 8,0 e 10,0 km h-1) que foram organizadas e distribuídas por meio de sorteio, dentro de cada bloco, com quatro repetições. Cada reservatório de semente continha uma dose de lubrificante (0,0; 2,0; 4,0; 8,0; 12,0; 16,0; 20,0 e 24,0 g kg-1 de semente), onde foram ordenadas por meio de sorteio, em cada faixa de semeadura. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (ρ≤0,05). Quando a interação entre os níveis dos fatores foi significativa, ajustou-se o modelo de superfície resposta, e quando não foi significativa, ajustou-se modelos de regressão gerais, para velocidades de semeadura e doses de lubrificantes separadamente, desde que os fatores apresentassem significância. Também foram avaliados os indicadores estatísticos (Erro Padrão, Desvio Padrão, Coeficiente de Variação, Desvio Médio Absoluto e Desvio Médio Absoluto Ajustado), a fim de conferir qual destes tem maior capacidade de detectar a variabilidade espacial de sementes. Observou-se no ano agrícola 1 que, para as velocidades de 4 e 6 km h -1 as doses ideais de lubrificante são de 8 e 12 g kg-1 de semente. Para o segundo ano, ocorreu comportamento similar, porém o lubrificante atua em segundo plano, e com o aumento da velocidade de trabalho, tem-se redução da plantabilidade. Quanto aos indicadores de variabilidade, o Desvio Médio Absoluto Ajustado, com base na distribuição referência, foi superior em relação aos demais. De modo geral, o aumento da velocidade de semeadura provoca aumento, não só de plantas falhas e duplas, como também da variabilidade espacial de plantas, por todos os indicadores de variabilidade usados neste trabalho. Recomenda-se, ao utilizar semeadoras mecânicas, realizar a semeadura da cultura do milho entre as velocidades de 4 e 6 km h-1, com dose de grafite entre 8 e 12 g kg-1 semente.
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