A relação do envelhecimento com a audição e a cognição
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Data
2019-12-12Primeiro coorientador
Pagliarin, Karina Carlesso
Primeiro membro da banca
Gonsalez, Elisiane Crestani de Miranda
Segundo membro da banca
Frizzo, Ana Claudia Figueiredo
Terceiro membro da banca
Biaggio, Eliara Pinto Vieira
Quarto membro da banca
Costa , Maristela Julio
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Objetivos: analisar a relação do envelhecimento com a audição e a cognição. Ainda, como objetivos específicos, analisar a influência da perda auditiva de grau leve, da cognição e do envelhecimento nos testes comportamentais do Processamento Auditivo Central (PAC); descrever e comparar o Mismatch Negativity (MMN) em idosos normo-ouvintes e com perda auditiva e correlacioná-lo com os aspectos cognitivos e comportamentais do PAC nesses grupos e, ainda, gerar valores de normalidade para o MMN em idosos; analisar as características dos Potenciais Evocados Auditivos de Longa Latência (PEALL), P1, N1, P2, N2, P300 e MMN e a ocorrência destes no envelhecimento. Métodos: participaram 54 idosos com idade entre 60 e 77 anos. Destes, 33 eram normo-ouvintes e 21 com perda auditiva leve. Também participaram 20 adultos normo-ouvintes, com idade entre 18 e 35 anos. Todos realizaram anamnese, avaliação audiológica básica, Montreal Cognitive Assessment (MoCA), Teste Dicótico de Dígitos (TDD), teste de Fala no Ruído (FR) e o Randon Gap Detection Test (RGDT) e ainda o PEALL eliciados com estímulos verbais ba/di para P1, N1, P2, N2 e P300 e com estímulo da/ta para o MMN, realizados no SmartEP. Foi analisada a presença e ausência dos potenciais e quando presentes, analisado o valor de latência de todos os potenciais e ainda da amplitude e duração do P300 e MMN e da área do MMN. Resultados: houve diferença significativa entre os idosos com e sem perda auditiva para o TDD na orelha esquerda (OE) e no FR. O MoCA apresentou correlação com o RGDT e TDD. Os idosos apresentaram piores resultados nos testes de PAC do que adultos. Os PEALL não foram afetados pela perda auditiva. Houve correlação da amplitude do MMN com o RGDT e TDD e o TDD alterado aumentou a duração do MMN. A latência de P2 foi maior em idosos e a latência do MMN menor. O MMN apresentou mais ausências nos idosos. Conclusão: A perda auditiva de grau leve afetou as respostas do teste FR e do TDD, sem influências sobre o RGDT, MoCA e PEALL. Os aspectos cognitivos apresentaram correlação com o RGDT e TDD, mas não com o MMN. O teste de FR foi o único teste comportamental que demonstrou resultados apenas auditivos, sem influências da cognição e o envelhecimento foi capaz de causar prejuízos nos testes de PAC. A alteração no PAC foi capaz de causar maiores durações no MMN. Foi possível gerar valores de normalidade para o MMN em idosos com idade de 60 a 77 anos que sejam normo-ouvintes ou apresentem perda auditiva leve, sendo o valor médio de latência de 199,8ms, amplitude 2,2μV, área 116,1μVms e duração 81,2ms. Dentre os PEALL, o P2 e o MMN se monstraram mais afetados pelo envelhecimento.
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