Biomarcadores sanguíneos de exposição à zearalenona e aplicabilidade na avaliação da eficiência de aditivos antimicotoxinas em suínos e bovinos
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Data
2020-02-14Primeiro membro da banca
Antoniazzi, Alfredo Quites
Segundo membro da banca
Almeida, Carlos Alberto Araújo de
Terceiro membro da banca
Rossi, Carlos Augusto Rigon
Quarto membro da banca
Krabbe, Everton Luís
Quinto membro da banca
Sá, Luciano Moraes
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A inclusão de aditivos antimicotoxinas (AAM) na dieta de animais de produção tem sido utilizada para evitar a exposição às micotoxinas. Preconiza-se a medição das micotoxinas e/ou seus metabólitos em fluidos biológicos como marcadores para confirmar a eficácia desses produtos. Este trabalho consiste em dois estudos e objetivou: (a) aprimorar uma metodologia analítica baseada em cromatografia líquida de alta eficiência acoplada à espectrometria de massas (HPLC-MS/MS) para a detecção e quantificação de zearalenona (ZEA) e seus metabólitos, α-zearalenol (α-ZEL), β-zearalenol, α-zearalanol, β-zearalanol (β-ZAL) e zearalanona, em soro sanguíneo; e (b) executar testes em espécies susceptíveis à ZEA para avaliar a exposição à micotoxicose e utilizar biomarcadores sanguíneos para verificar a eficácia de AAM. No primeiro estudo, 24 novilhas de corte foram distribuídas aleatoriamente para receber um destes tratamentos (n=6/tratamento): T1) dieta basal (controle); T2) dieta basal + 5 mg/kg ZEA; T3) dieta basal + 5 mg/kg ZEA + 2,5 kg/t AAM; e T4) dieta basal + 5 mg/kg ZEA + 5 kg/t AAM. A investigação durou 37 dias. Após o fornecimento da dieta, amostras de sangue foram colhidas em diferentes dias, centrifugadas para a obtenção do soro sanguíneo e analisadas por HPLC-MS/MS. Entre os metabólitos analisados, β-ZAL foi detectado acima do limite de quantificação nas formas não conjugadas (>0,60 μg/kg) e conjugadas (>1,70 μg/kg). Os demais metabólitos apresentaram concentrações abaixo do limite de detecção. Na avaliação da eficácia do AAM, não houve diferença significativa (P>0,05) entre os tratamentos com e sem aditivo nos níveis de inclusão avaliados. No segundo estudo, 70 leitoas pré-púberes foram distribuídas em sete grupos (n=10), alimentadas com dietas apresentando dois níveis de inclusão de AAM à base de argila (0,25% e 0,50%) e três níveis de inclusão de ZEA (0, 0,75 e 1 mg/kg) por 42 dias. Foram realizadas avaliações de peso inicial e final, ganho médio diário, consumo médio diário, conversão alimentar e vulvometria junto às colheitas de sangue para avaliação de ZEA e metabólitos em soro. As amostras de sangue foram centrifugadas para a separação do soro e analisadas por HPLC-MS/MS. Ao fim do período experimental, os animais foram abatidos e eviscerados para avaliar o peso e o comprimento do trato reprodutivo. O desempenho zootécnico não foi afetado pela adição de ZEA à dieta, não havendo diferença na inclusão de AAM (P>0,05). A ZEA aumentou significativamente (P<0,05) o peso, o comprimento do trato reprodutivo e o volume vulvar (largura, comprimento e área); não houve diferença entre os tratamentos com a adição de AAM à dieta (P>0,05). Quanto aos metabólitos pesquisados, α-ZEL foi detectado acima do limite de quantificação nas formas não conjugadas (>0,15 μg/kg) e conjugadas (>1,58 μg/kg). A concentração dos demais metabólitos ficou abaixo do limite de detecção, confirmando os resultados da eficácia do AAM (P<0,05). Os resultados obtidos com este trabalho contribuem para a busca da qualidade de AAMs comercializados, bem como para a utilização de métodos analíticos e biomarcadores; estes podem representar uma alternativa para a confirmação da eficácia desses produtos em novilhas e leitoas.
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