Balanço energético negativo modula a expressão de ISG15 no endométrio e corpo lúteo durante o reconhecimento materno da gestação em ovinos

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Data
2020-02-20Primeiro membro da banca
Rovani, Monique Tomazele
Segundo membro da banca
Sangalli, Juliano Rodrigues
Metadata
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A mortalidade embrionária durante o reconhecimento materno da gestação é uma das principais causas de falha reprodutiva em ruminantes. Uma das causas de redução de fertilidade em ruminantes é a ocorrência de balanço energético negativo (BEN). A hipótese deste estudo é que o BEN pode estar relacionado à ocorrência de pior comunicação materno-embrionária, prejudicando o reconhecimento materno da gestação. O objetivo do nosso estudo foi avaliar os efeitos do BEN na expressão do ISG15 no endométrio e no corpo lúteo no dia 17 de gestação. Para isso, 21 ovelhas mestiças da Texel-Corriedale tiveram estro e ovulação sincronizados e 18 foram acasaladas. As ovelhas foram divididas em quatro grupos experimentais: grupo controle não-prenhe, não acasaladas (CNP, n = 3); grupo controle prenhe (CP, n = 6); grupo de BEN durante a primeira semana de desenvolvimento embrionário (FW; n = 6); e grupo de BEN durante a segunda semana de desenvolvimento embrionário (SW; n = 6). As ovelhas do grupo FW jejuaram dos dias 0 a 7 e as ovelhas do grupo SW jejuaram dos dias 9 a 16 para a indução de BEN com hipercetonemia. O BEN foi induzido em dois estágios distintos de desenvolvimento embrionário: primeira semana de desenvolvimento embrionário e segunda semana de desenvolvimento embrionário. Durante o período experimental foram mensurados os níveis de β-hidroxibutirato (BHBA) no sangue e a glicemia. No dia 17 do ciclo estral ou da gestação, as ovelhas foram eutanasiadas e foram coletadas amostras de endométrio e corpo lúteo (CL). A expressão relativa de ISG15 foi avaliada por q-PCR. Os animais que tiveram BEN induzido tiveram uma redução na glicemia e aumento na cetonemia. As ovelhas prenhes tiveram maior expressão de ISG15 do que ovelhas não prenhes no endométrio do corno ipsilateral à ovulação e no CL. O grupo CP teve maior expressão de ISG15 que o grupo CNP no endométrio do corno ipsilateral à ovulação e no CL. Os grupos FW e SW não mostraram diferença na expressão relativa do ISG15 dos grupos CNP e CP e no endométrio dos cornos contralateral e ipsilateral à ovulação. O grupo FW teve maior expressão relativa de ISG15 do que o grupo CNP no corpo lúteo. Como conclusão, ovelhas que tiveram períodos de BEN durante o desenvolvimento embrionário, especialmente durante a segunda semana de desenvolvimento embrionário, tiveram uma menor expressão relativa de ISG15, não apresentando tiveram diferença na expressão relativa de ISG15 no endométrio do corno contralateral e ipsilateral à ovulação quando comparadas com os grupos CNP e CP.
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